Ah Maria, mana querida!
Nesta vida, mal amada!
Tua alma tens em ferida,
Tua carne, mal curada!
És a Tágide da poesia!
És sereia ao entardecer!
Teu olhar, doçura irradia,
Nenhum mortal te pode ter!
Pois nasceste misteriosa,
Tal como botão de rosa,
Que já não consegue abrir…
Na tua origem, dolorosa,
Essa mãe triste, formosa
Que lá no céu, está a sorrir!
Arlete Piedade
Foto:Maria e Arlete, na festa dos seus aniversários, 19 de junho