G.U.V. O AMIGO E POETA QUE SE FOI

Todos nascemos para um enfretamento de luta, de batalha e de expectativa, qual seja, caminharmos em busca do nosso próprio ideal. Acontece, porém, que a embarcação de uns são bem diferentes da embarcação de outros; alguns homens preferem navegar no oceano conturbado da ganância, da vaidade tola e passageira; outros, demonstrando sabedoria mais aguçada, desprendimento com os mesquinhos interesses de um mundo cada vez mais hipócrita e materialista, preferem viajar pelas águas dos oceanos mais tranqüilos, tendo por companhia o vasto mar de águas profundas, claras e inspiradoras que conduzirão ao porto da divina poesia e do encantamento da descoberta de si mesmos.

Meu amigo G.U.V., preferiu trilhar outro caminho: o da poesia, da inspiração e do contato direto com sua dileta amiga e inspiradora maior: a sagrada poesia, embora fosse obrigado a conviver com homens outros afetos a matéria e as coisas sem nenhum sentido; mas o poeta, o homem de sensibilidade aguçada não se mistura a vã filosofia dos vaidosos e sonhadores maldosos, pois, jamais óleo se mistura a água...

Tive a honra de conviver e ser amigo daquele homem bom, coreto e apreciador do belo e do sublime, amante da natureza e de um céu em dia de lua cheia salpicado de estrelas reluzentes amou e foi amado e teve suas musas idealizadas por seus sonhos de poeta de poeta-menino, de poeta-homem-maduro e de poeta que sempre acreditou na magia do sublime por nome AMOR, essência magna e responsável por nosso viver.

Sua missão foi cumprida aqui na terra, caminhando ao lado da poesia, sua fonte perene de emoção; teve sua família e foi por ela amado; deixou filhos e livros publicados, e, talvez, algumas árvores plantadas, que continuaram dando sombra, frutos e acolhida para o corpo cansado de qualquer velho caminhoneiro.

O amigo gentil partiu, levando em sua bagagem enorme experiência com o lado de cá, não sabendo eu se foi válida ou não, as toda experiência é experiência. Agora esta ele fazendo parte integrante da verdadeira Academia de Letras, com endereço no lar celestial onde Cristo ocupa a principal cadeira.

Receba, querido amigo, lá na sua derradeira e santa morada, o meu abraço amigo e inspirador, deste seu amigo que acredita com muito fervor, que alem desta, outra vida haverá para ser vivida.

Pedro Bavuso
Enviado por Pedro Bavuso em 30/01/2008
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