Fuad Noman : Um Homem, Um Legado

Por Renato Nascente

Hoje, Belo Horizonte se despede de um de seus filhos mais ilustres. Mas como dizer adeus a alguém que nunca partirá de verdade? Como apagar da memória de uma cidade o nome de um homem que dedicou sua vida a ela?

Fuad Noman não foi apenas um prefeito. Ele foi um servo do povo, um líder discreto, mas imensamente eficaz. Seu nome se confunde com a história de BH, mas sua trajetória começou muito antes, no interior de Minas, onde aprendeu o valor do trabalho e da honestidade ainda menino.

Perdeu a mãe cedo e, ainda jovem, trabalhou no bar da família. Desde cedo, compreendeu que a vida cobra esforço, mas também recompensa aqueles que se dedicam. Estudou, formou-se economista e ingressou no serviço público com uma missão: fazer a diferença.

No Banco Central, na Secretaria da Fazenda, nos Transportes e, depois, na Prefeitura de Belo Horizonte, Fuad se destacou por sua seriedade e compromisso. Não fazia promessas vazias; fazia acontecer. Quando assumiu a prefeitura, em meio a desafios imensos, não se acovardou. Governou com a calma dos sábios e a firmeza dos justos.

Mas Fuad não era apenas um homem público. Era marido, pai, avô. Ao lado de sua esposa Mônica, construiu uma família baseada no amor e no respeito. Seus filhos, Paulo Henrique e Gustavo, herdaram seu caráter e sua integridade. Seus netos foram sua alegria nos últimos anos, o brilho nos olhos de um homem que, mesmo ocupado com os destinos de uma cidade, nunca deixou de valorizar o que realmente importa: a família.

E como esquecer sua marca registrada? Seus suspensórios, tão emblemáticos quanto sua dedicação à cidade. Mais do que um detalhe no vestuário, eles simbolizavam sua firmeza, sua postura inabalável, seu jeito simples, mas inconfundível. Assim como seus suspensórios sustentavam sua camisa, Fuad sustentava Belo Horizonte com seu trabalho incansável e sua ética inquestionável.

Hoje, Belo Horizonte amanheceu mais silenciosa. O coração da cidade bate mais devagar, como se respeitasse o luto. Mas Fuad não se foi. Ele está nas esquinas que ajudou a iluminar, nos projetos que ergueu, nas ruas por onde tanto caminhou. Ele está nos olhos de cada cidadão que acredita em uma cidade melhor.

Descansa, Fuad. Seu nome não será esquecido. Sua história está escrita não apenas nos livros, mas na alma de Belo Horizonte.

Obrigado por tudo.

Renato Nascente

Renato Nascente
Enviado por Renato Nascente em 26/03/2025
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