AQUELA MULHER
Quem era aquela mulher esquálida, de olhar profundo,
com a face ossuda e sulcada pelo tempo?
Quem era aquele coração que, em cada olhar sofredor,
descobria um jeito de amar?
Uma história de vida,
uma existência feita de doação.
Curou feridas que não eram suas,
tocou a dor com mãos de ternura,
segurou mãos trêmulas sem medo,
abraçou os esquecidos como filhos.
Rezou pelos aflitos,
não com palavras, mas com gestos,
não com promessas, mas com presença.
Levou o pão onde a fome gritava,
levou o alívio onde o corpo cedia,
levou esperança onde tudo era pó.
Essa mulher foi Madre Teresa de Calcutá.
Hoje, o oceano da caridade é um pouco menor,
mas sua gota de amor ainda se espalha,
renascendo em cada ato de compaixão.
Tião Neiva