Aniversário de quem?

A professora tinha que contar uma história, mas não era uma história qualquer, era a história de um lugar, que estava fazendo aniversário.

Maju perguntou:

_ Quem está fazendo aniversário? É a Lia? A Maria...

_ Não! Maju, quem está fazendo aniversário é um lugar...

_ Que lugar? Perguntou o Léo.

_ Lugar é gente? Perguntou o José.

_ O lugar é onde a gente mora...

_ Minha casa faz aniversário? Perguntou a Clarinha.

_ Tudo faz aniversário! Respondeu a professora.

_ Ah! Ah! Foi geral.

_ Vou contar para vocês a história da nossa cidade, o lugar onde moramos, que está de aniversário esse mês.

Há muito tempo atrás um homem veio ver um rio, esse rio corria ligeiro e perto dele veio morar algumas pessoas. (Nesse momento a professora jogou no chão um desenho de um rio feito em um papel pardo).

As pessoas construíram suas moradias próximas ao rio, ele era a fonte da vida do lugar. (Neste momento a professora colocou sobre o papel pardo várias casinhas envolta do rio).

O homem curioso navegando pelo rio pediu água ao índio, que seguia com ele em uma canoa, mas quando o índio foi pegar a água, a cuia caiu e fez “bá”, o índio achou graça e começou a repetir: “Cuia” “bá”...

Então no dia 8 de abril de 1719, Pascoal Moreira Cabral fundou a cidade de Cuiabá, naquele tempo ela recebeu um nome composto e bem pomposo: “Bom Jesus de Cuyabá”, com “Y” e tudo.

E foi assim que a partir dessa data, todos os anos, no mesmo dia e mês nós comemoramos o aniversário desse lugar, dessa terra quente, onde Deus botou a gente.

E é por isso, que no mês de abril tem festa, tem bolo, tem parabéns, tem balões, tem cantigas, tem poesia, tem história, ...

_ Vocês viram? Nossa cidade nasceu as margens do rio, surgiram as primeiras casas, os caminhos, e com o tempo tudo foi crescendo e hoje a cidade é grande e cheia de bairros, que têm muitas casas, prédios, hospitais, mercados, shoppings, avenidas, estradas, grandes e pequenas construções.

_ Professora, quantas velas vamos pôr no bolo?

_ Muitas, pois ela está fazendo 306 anos.

_ Professora, eu fiz um versinho para Cuiabá, posso declamar? Perguntou Paulinha.

_ Sim! Vamos todos sentar para escutar. Pediu a professora.

Clara se levantou, com um papel na mão e um lindo poema declamou:

“Bem no centro do país

Deus cravou uma joia

De beleza sem iguais

De um povo hospitaleiro

Gentil, caloroso, de bravos guerreiros

Seu nome ecoou na história

Cuiabá, Cuiabá, Cuiabá

Vila, cidade, lugar

Vivo aqui pra te amar!

Feliz 306 anos, minha nobre Cuiabá!”

Todos aplaudiram o poema da Clarinha e agora eles sabiam que lugares também fazem aniversário.