08 de março – a ELAS, por serem ELA

08 de março – a ELAS, por serem ELA

Para cada íntimo existe um alguém!

Seja junto ao indivíduo, perto ou além.

Se não mais, solene e inconteste, digo: existiu.

Que não se olvide! Ora, já se induz!

Quem duvide, não há!

Cá estou para quem me desafiar.

Apregoarei defensivo: quem te deu à luz?

Vê-se, evidente, de quem estou a falar.

Refiro-me à MULHER, que da humanidade é essência.

Desde o berço, na mais tenra puerícia,

até mesmo na adultícia, vencida a adolescência...

E nas vidas masculinas... Ah, nós, os homens!

Homens! Deixemos de ser aguerridos!

Reconheçamos, DELAS, o retumbante bramido!

HOJE e sempre, para sempre e desde sempre,

o charme feminino tem nos vencido.

Há mulheres que vêm, mulheres que se vão;

muitas, até, arrancadas do torrão.

Pelas ruas, avenidas, esquinas e casas também.

Daqui, dali, daquém, de além...

Há mulheres que ficam - nem vão, nem vêm;

que se prendem a algo, a nada ou a alguém.

Bonitas ou feias, gordas ou magras,

negras ou brancas, altas ou baixas...

Homens, sem ELAS não vivemos! Isso já basta!

Todas são belas, e delas as formosas almas.

Decididas nos escolhem, com braços nos envolvem...

Corações maternais que nos acolhem,

com desvelo nos acalentam...

Conselhos que nos conduzem,

olhos e lábios que nos velam; suas palavras ensinam.

Mulheres que trabalham, e em casa as esperam;

mulheres em casa, onde o trabalho fazem.

Mulheres que amam e são amadas também...

Femininas que são, nossas senhoras, sem desdém.

Impossível delimitar, são todas essenciais!

Homens, rendamo-nos! Sem ELAS, jamais!

Mulheres mães, amadas, amantes...

A amiga, a estranha, a jovem estudante...

Têm, todas, a força acachapante,

irresistível aos homens, que se quedam galantes.

De togada à secretária, faxineira ou garçonete;

cozinheira ou jornalista, a dádiva se repete.

Assessora, telefonista, professora, ou analista;

a melancólica meretriz... Enfim, DELAS não se esquece.

O que sejam! Mas MULHER a todo instante.

De todos, os olhos e corações encantam.

Dos másculos, fomentam o desejo lancinante,

deixando-lhes a virilidade languescida...

Em toda a História, desde as mais remotas civilizações,

com ou sem civilidade, de gerações a gerações,

estão elas - na memória ou esquecidas...

É de suas entranhas, o estopim para a vida.

Da remota e triste senzala a gabinetes...

diaristas, executivas, ou do lar...

seja qualquer mulher, até as do mundo a perambular.

Concebe-se sua figura! Quem há de duvidar?

Repito: cá estou para quem me desafiar.

Sexo frágil, somos nós, machos, que vivemos a matracar.

Deixemos logo de alardeio, chega de matreirar!

A ELAS devemos honras, vamos todos nos prostrar.

Seja mãe, seja esposa, avó ou namorada,

tia, prima, vizinha ou conhecida,

irmã, noiva, amiga ou cunhada...

Aqui falo eu, singelamente, tenham dó;

tímido, poematicamente em verso livre,

que mais parece verso de pé quebrado,

numa poética incipiente, mas de uma sinceridade só.

Contudo, não me calo, que me chamem desassisado!

Especial, o dia 08 de março,

que a ELA é bem dedicado.

Homenagem deveras reconhecida,

justo preito, merecidos aplausos.

Às mulheres recorramos, machos.

Falei e está falado!

(Poema composto em 2011 e publicado no mesmo ano)

AURISMAR MAZINHO MONTEIRO

Enviado por AURISMAR MAZINHO MONTEIRO em 18/03/2011

Reeditado em 08/03/2023

Código do texto: T2856106

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