Galeno se foi...
O Galeno do Cartório.
Quantas histórias.
Em seus livros de registro.
Em sua memória prodigiosa.
Quantos causos.
Dele e do “Mirto” Leite.
Agora inseparáveis no Céu.
E quando me via:
“Como vai a Prefeitura?”
Gostava de uma política.
E de riscar cada dia no calendário.
E de brincar com as crianças.
E de dar risada.
E foi até samba enredo no Carnaval.
Fez parte do enredo de tantas vidas.
Testemunha de nascimentos.
De mortes, casamentos, “descasamentos”.
E lá sempre o Sílvio Galeno, o tabelião.
Amigo fiel do Ramiro e de toda a cidade.
Vou lá perto do Galeno, uma referência.
Quem não conhecia o Seu Galeno.
E agora fica uma grande saudade.
Do Galeno da dona Jesusa.
O Galeno da Renata e do Neto.
O Galeno do genro, nora e netos.
O Galeno escrivão folião.
O Galeno de Borda da Mata.
>>> Poema escrito em homenagem ao inesquecível Sílvio Galeno Monteiro de Carvalho, o Galeno do Cartório, que por décadas foi o Oficial do Cartório do Registro Civil de Pessoas Naturais de Borda da Mata. O Cartório funcionava próximo de sua casa, ao lado da Basílica de Nossa Senhora do Carmo, onde era recorrente encontrar as conhecidas figuras de Milton Leite e Ramiro Moreira, amigos inseparáveis de Galeno. A maior parte das Certidões de Nascimento, Casamento e Óbitos das últimas décadas até o falecimento em 5 de abril de 2023 tem a assinatura inconfundível do eterno Galeno. Publicado nas páginas 17 e 18 do livro "Poemas e Crônicas de Borda da Mata - Portfólio Histórico-Cultural" - Editora PerSe (2024).