Negro
Ainda somos guerreiros
Buscando por nossa glória
No passado alguém tentou
Apagar a nossa história
História feita de choro
Do banzo e do chicote
E por aí em tantas senzalas
Reunidos aos magotes
E na pior das misérias
Largados à propria sorte
Grilhão não nos intimida
Aviso ao nosso algoz
Nenhuma máscara de ferro
Vai calar a nossa voz
Pois o nosso grito ecoa
Desde o sul até o norte
Seja do Lanceiro negro
À revolta dos Malês
Buscamos dignidade
Como os 18 do forte
E a luta não acaba,
Lutaremos até a morte!