Poesia no YouTube completa 26 anos

No ápice da nossa juventude, sem que nos julguemos ufanistas ou românticos, verificamos poesia postada com grande entusiasmo com sonhos de ser grande poeta naquele jovem Decimar, certamente, como criança espiritual que era, não tinha despertado para as ciladas do ego e as teias da profissão e do cotidiano, porém, fica o apelo,

continuemos a acreditar no lirismo e no amor.

 

O AMOR DOS HOMENS PELAS MULHERES

 

http://www.youtube.com/watch?v=VuqVcZv1OZc (Recitado no Youtube)

 

Uma mulher nas mãos de um malandro:

Por melhor que ela fosse,

morreria como flor,

após ele obter sua posse.

Seu amor morre após a conquista

Gosta de tomar a mulher de assalto

Depois de sua, a perde de vista

Já o Galanteador diria:

- Lindos olhos estes teus

- Se Deus a quisesse por um só dia

- Eu desafiaria a Deus!

Mas a mulher que amou

Essa nunca mais a viu

Sentimento lhe causou

Porque jamais a possuiu

Para o Platônico que está amando:

Logo é melhor que agora

Quando sente que não está agradando

Deixa seu ataque para outra hora

Tudo vai procrastinando

Pelo prazer de observar

Já o Machão, assim relataria:

- Desputas, adoro desputas, ganho quando quiser,

- Sempre é forte a mão quando é linda a mulher!

Entre mil perigos

Gosta de disputá-la

Deixa-na após vencer seus inimigos

Isso se também não matá-la

Mas que seria do amor sem o espírito, afinal?

Mas o que diria o Poeta?:

- Uma paixão brutal! - Uma rosa sem pétala!

Pois procura em seu coração

uma linda frasecomo um brasão,

almeja a espada,a espada mantém seu corte

Mas um poeta sem sua frasenão é nada!

Mas por fim, mulheres, é bom ficar alerta!

Seja Malandro, Galanteador, Platônico, Machão ou Poeta

O Amor parece ser assim:

Nem é a frase com entonação

Nem duelo sangrento

Nem só coração

Nem apenas sentimento

É pura simplicidade

Mais simples que tudo

de rosa se enflora

ao temer, pode até ser mudo

em sendo triste canta

em sendo alegre chora

tem o doce e o amargo da cereja

não escolhe quem persegue

ajoelha quando perde

Vence quando beija

Viva ao Amor e suas formas!

 

(Decimar Biagini, 27 de outubro de 2008)