MARIO QUINTANA
No silêncio das ruas vazias,
Onde o tempo caminha de mansinho,
O poeta desenha poesias,
Feitas de vento, de flor, de carinho.
Sua pena é leve como a brisa,
Que afaga os telhados e os sonhos,
E em cada palavra desliza
O mistério dos dias risonhos.
Oh, poeta que vê o invisível,
Que pinta no ar seus pensamentos,
Nas nuvens escreve o impossível,
E faz do nada, encantamentos!
Na cidade onde tudo repousa,
Quintana acende estrelas no chão,
E em cada verso, cada prosa,
Planta um jardim no coração.