Não poderia deixar de homenagear alguém que me fez sonhar com um "abajur cor de carne, cortinas de seda e seu corpo nu...” Ai ai ai Ritchie, você pegou pesado na minha imaginação dos 20 e poucos anos. Nessa época trabalhava no Duty Free Shop do Aeroporto Internacional e essa música estava em todos os lugares, lembro que uma vez olhava os aviões pousando, decolando, taxiando e "Menina Veneno"
tocando, que confusão entorpecente, dá pra imaginar a cena? Não? Tudo bem, mas eu viajei literalmente! ;)
Até hoje não vi definição melhor, simples, direta e intensa:
" Seu corpo inteiro é um prazer
do princípio ao "sim..."
Aliás, acredito que muitas pessoas imaginaram esses passos na escada. E não minto em dizer que também sonharam com o próprio Ritchie cantando ao ouvido, como se fossem as próprias Meninas Veneno, rs.
Como tudo que faz sucesso permanece, muitos regravam antigos sucessos, alguns na verdade assassinam o original, como a regravação de Menina Veneno, feita por Zezé Di Camargo e Luciano. Eles que me perdoem, mas não dá tesão engolir o abajur cor de carne deles!
Engraçado que uma vez ouvi tocando na TV do quarto do meu filho, era a abertura de um programa da MTV, eu nem sabia, mas comecei a cantar no meu quarto, ele veio olhar rindo e perguntou como que eu já sabia a letra dessa música. Tive que explicar de "quando" era essa música, assim como muitas outras maravilhosas que estão sendo regravadas pelas bandas de hoje em dia.
Enfim, voltando ao motivo principal desse texto, criei, com títulos de músicas, uma homenagem a quem entorpeceu meus pensamentos nos anos 80.
"A vida tem dessas coisas, alguém misteriosamente surge em nossas vidas e nos transforma em menina veneno. Fantasia, sonho, delírio? Talvez. Mas quem não gostaria de ter um Casanova e suas maravilhosas e misteriosas transas? É só pedir aos céus para a solidão parar, já foram lágrimas demais! Sonhar sim, sempre e quem sabe, essa nuvem de cristal sopra o vento e transforma em realidade tudo que eu quero!"
(Civana - 07/03/2004)