Hoje, algumas décadas passadas, relembro aqui um endereço, onde vivenciei , ainda jovem estudante,um período importante de minha caminhada.

 

Era uma casa modesta, um fogão a lenha, um fogão a gás, desses de 4 bocas.Na sala uma TV e uma geladeira vermelha, e duas poltronas /sofás de cor coral.

 

Era um negócio informal, dentro de uma perfeita legalidade, pois foi trilegal morar na pensão da Rua Sergipe 114.

 

Hóspedes que ali procuravam um local para dormir, almoçar e jantar. Tudo muito simples, mas que cabia em nosso orçamento. Bolsos rasos, de parcos recursos financeiros.

 

Entretanto, o que faltava em conforto material, sobrava em alegrias, acolhimento, e sabor.

No comando , a mais linda, amorosa , proprietária/cozinheira que já conheci.

Aos seus temperos acrescentava muito amor,empatia e solidariedade.

 

A nossa casa/pensão não tinha conforto de móveis e acolchoados luxuosos, mas tinha o conforto de gestos e palavras acolhedoras, tinha muita alegria, muito amor e respeito.

 

Aquela modesta casa linda foi ponto de apoio para valentes viajantes, que ali fixaram suas asas , no caminho de construir e realizar seus sonhos.

 

Aquela casa de pensão, foi durante uma temporada meu lar, doce lar.

 

Comandando aquele lar com maestria um ser humano extraordinário, minha inesquecível e saudosa dona Adelina, acolheu-me.

 

Com exemplos de amor, ética e empatia, lambuzou e temperou-me com gratidão e ternura.

 

Obrigada amada dona Adelina/Dilina ou simplesmente Di.

 

SA-U-DA-DES.

 

Gracieluz

 

Gracieluz
Enviado por Gracieluz em 16/09/2024
Reeditado em 17/09/2024
Código do texto: T8153255
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