O Tio Eterno
Assim que eu cheguei para morar na minha cidade natal, fui muito bem recebido pelo meu tio-avô Homero.
Foi um grande incentivador que eu tive, infelizmente hoje completo 8 anos sem a presença do mesmo.
Era um tio muito divertido, como ele mesmo dizia "uma pândega".
Lembro como se fosse hoje, quando eu comecei as minhas aulas de violão, ele afinou o violão e começou a cantar: tornei-me um ébrio, na bebida busco esquecer, aquela ingrata que eu amava e que me abandonou, apedrejado pelas ruas vivo a sofrer....
Eu fiquei sem reação, porque essa música eu brinco com a minha mãe, até hoje cantando esse refrão, acredito que foi a música precursora da atual sofrência.
Eu tinha que ir na sua casa com muita frequência, mas procurava ir todos os dias mesmo.
Principalmente quando o Palmeiras jogava.
No dia que ele faleceu, 11/09/2016, o Palmeiras que ele foi Conselheiro, empatou com o Grêmio em 0-0 em um jogo ruim disputado no Pacaembu.
E eu não pude assistir, pois eu estava em um Concurso, o primeiro que eu fui Aprovado.
Assim que eu cheguei em casa, soube de seu falecimento, não chorei por causa da morte dele, porque a morte é inveitável, e ele já se encontrava com 91 anos.
Chorei por saber que eu nunca mais teria aquele abraço, o estímulo para que eu continuasse a me apaixonar pelas ciências farmacêuticas e que ele não poderia mais rezar pelos meus estudos.
Nunca conheci alguém com um coração tão bom. Nem parecia deste planeta.
Continue olhando ai de cima pela nossa família, tio, porque com a sua bondade, tio, eu nunca acreditei que você era desse planeta.