Jorge Martins, presente!
Hoje é dia de Jorge.
Aliás, todo dia é dia d'um Jorge.
Do meu, do nosso, de "Seu" Jorge.
Os de “Ben”
e os que fazem mal também.
Os Amados, os Vercillos, os Aragões, os Lafonds, os Martins.
Nem todo Jorge é um santo, bem verdade
mas todos são mártires de algum propósito na vida.
Afinal, todos eles têm grandes histórias, têm suas lutas
e enfrentam seus próprios dragões.
Todo Jorge é uma estrela no palco da existência.
Todos eles, de alguma forma, nos ensinam alguma coisa:
que na vida só vale o amor e a amizade,
que todo abraço nos conduz ao infinito,
que ninguém é tão perfeito,
que os inimigos tenham olhos, mas que não nos vejam,
e que o tempo sempre se arrasta – e nos leva junto – sem fim, infinitamente.
Quem dera se todos os Jorges tivessem cavalo, espada e armadura,
assim, o algoz, maldito e traiçoeiro, dificilmente lhes venceriam num combate justo.
Mas naquela madrugada, o nosso Jorge foi surpreendido com um golpe cruel e fatal.
E aquele disparo acertou também nossos corpos
Jorge era um amigo, um ser de luz, um verdadeiro irmão
E sua alegria contagiava e irradiava todos os dias o dia todo.
Era parte de nós e esse pedaço nos foi arrancado/tirado no silêncio da noite.
Desde então, como num sonho de amor, Jorge “ficou no nosso pensamento”, sempre presente no amargor da saudade,
no fulgor da sua melhor lembrança
e no fervor da sede por justiça.
E hoje é dia de Jorge!
É dia de, finalmente, fazermos valer a lei.
A lei dos homens, é claro!
Então, que todos os mortais, deuses, santos e orixás nos enviem vibrações positivas.
Que Ogum e São Jorge transmitam pelo sincretismo religioso a força necessária para que o nosso Jorge ainda possa “combater o bom combate”, e, mais que isso: triunfá-lo!
Que essa sinergia nos traga um final “vercilliano”, com o abraço sem medo e “ben” feliz.
“Êpa! Bicha, sim!”
Pena que vocês não me "verão" mais em nenhuma das estações
Mas viados, rachadas e cabritas, prestem atenção em mim:
- Eu vou estar sempre vivo dentro dos seus corações.