DIA DOS AVÔS

De vez em quando aparece alguém com a novidade de estabelecer um dia qualquer para se homenagear alguém ou alguma coisa.

Temos dia da árvore, da pátria, da água, do meio ambiente, da língua, do amigo, das crianças, dos idosos, dos avôs...

A esquerdopatia do politicamente correto proíbe que, nas escolas, sejam comemorados os dias das mães e dos pais. Agora é o dia “de quem cuida de mim”. Pura frescura porque, independente da estrutura familiar ou escolha sexual do adulto, a criança sempre reconhecerá o homem como pai e a mulher como mãe e assim se referirá a eles.

Nunca se vai ouvir a criança gritar – ô quem cuida de mim, em vez de: Ô MÃÊÊÊ!!! Quando a situação se apresentar abracadabrantes para ela, porque os miúdos são alheios às imposições estapafúrdias da nossa doentia sociedade.

Mas, independentemente desses porquês, todos nós temos quatro avôs.

Muitos não têm a oportunidade de conhece-los para aprender com esses “pais com açúcar” o que é o amor verdadeiro.

A maioria desses ”velhos” deixa em nós as marcas indeléveis da convivência suave, das pequenas transgressões às regras estabelecidas sendo acobertadas com um riso de soslaio ou piscar de olhos para confirmar o conluio.

Claro que existem os chatos, ranzinzas que reclamam do som alto ou por ter sido “esquecida“ a toalha molhada sobre a cama que, mais uma vez, não foi forrada, que dão palpite onde não foram chamados, que implicam com nosso melhor amigo, mas a maioria é adorável. (Lovely, como diria Charles III, o rei)

A liturgia católica dedica a dia 26 de julho aos Santos Joaquim e Ana, pais da virgem Maria e que como a maioria dos avôs devem ter tido grande influência na personalidade de Jesus, o neto mais importante na história da cristandade.

Nós que temos a felicidades de conhecer nossos descendentes da segunda geração, comemoremos essa data com a certeza de que, pelo menos para eles, os nossos netos, somos pessoas importantes.