Um Telefonema para o céu

Alô!... Alô!... Alô!... Hilda querida, minha mulher, esposa, amiga e companheira, de longos e longos anos. Que pena! Que tristeza, de repente você partiu, levando contigo o meu sorriso, a minha alegria, a minha felicidade, deixando-me perdido e sem rumo, nesse mundo obscuro, sem estrelas e sem saída, como se fora um deserto, onde os dias e as noites, para mim são a mesma coisa. Que pena… perdi você e me perdi também, porque era através da luz dos seus olhos que eu me achava. Agora você não está mais aqui, então na luz dos olhos de quem eu vou me encontrar? Eu sofro… sofro demais. Já não me sinto a mesma pessoa. Olho no espelho e não me vejo. O vulto que aparece no espelho, não sou eu, é apenas a sombra pálida de um passado distante e feliz. Hilda querida, roguei a Deus em preces e orações mas ele não me ouviu, não sei porque mas Deus sabe o que faz, tirou-a da terra para brilhar no céu como uma estrela iluminando os meus caminhos para que eu possa percorrê-los com firmeza sendo eu mesmo sem você, a procura da felicidade que perdi com a sua ausência e de que tanto necessito agora para ser feliz, porque infelizmente pra mim a vida continua. Mas será que encontrarei essa felicidade? Só Deus sabe! E o tempo dirá. Só me resta então através da imaginação vencer o espaço infinito, atingir os céus, beijar-lhe a fronte e dizer-lhe: obrigado por tudo que me fizestes e perdoa-me pelo pouco que te dei! Descanse em paz nos braços de Jesus… rogue por mim e receba como prova do meu amor verdadeiro este poema de saudade, certo de que tudo o que você foi pra mim um dia, hoje você é apenas e tão somente uma simples saudade que ficou. Amo você, mas adeus.

Nino Paiva
Enviado por Nino Paiva em 20/07/2024
Código do texto: T8111065
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