ODE A CASTRO ALVES

Espumas flutuantes,

Sobre os oceanos,

Larvas de vulcões

Delírios insanos,

Tudo impulsionava

O menino a compor.

Falando de amores

Que foram esquecidos,

Ilusões e quimeras

De sonhos perdidos,

De dores... De gritos

De cenas de horror!

Trazia na alma

O fervor dos poetas

Coração e mente

Com portas abertas,

Do negro pedindo

A libertação.

Aos ventos gritando:

Ó Deus, piedade!

Clamando aos céus

Pela igualdade

De cor e de raça,

De um povo irmão.

Gênio borbulhante,

Intenso... Guerreiro,

Das letras, gigante

Um mestre altaneiro,

Da flor, sabiá,

Dos ares, condor!

Ao grande poeta,

Nossa gratidão

Em todos os cantos,

De nossa nação

Um canto de fé,

Um canto de amor!...

Esses versos são em homenagem a Antonio Frederico de Castro Alves (14/03/1847-06/07/1871), o vulcão da poesia brasileira, o cantor dos escravos, ,o jovem vibrante e arrebatado pelos sublimes ideais, o amante da natureza, o patriota audaz que enriqueceu a nossa história com seus versos cheios de lirismo e fervor.

153 anos do falecimento de nosso poeta maior!

(Maria do Socorro Domingos)

Mariamaria JPessoa Pb
Enviado por Mariamaria JPessoa Pb em 06/07/2024
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