À você, que a morte levou tão cedo, que nem pude me despedir.

 

Um poema, uma saudade

Uma flor, um coração

Uma borboleta brincando

Nas notas da minha canção

Um amor adolescente

Misto de amizade e paixão

Almas queridas e carentes

Nós dois, nos demos as mãos

O tempo passou, eu parti

Você, a morte levou 

Amigo querido, saudade

Do beijo que não vingou

Aquela doce cantiga

Nascida no seu violão

Poemas e versos, sorrisos

Embalaram  nosso coração

Um dia voltei, cheia de saudade

Naquela casinha, não te encontrei

Seguiste seus passos na morte

E eu, no mundo fiquei

Plantei árvores

Gerei uma vida

Versos, poemas, contos escrevi

Hoje escrevo na noite fria

Uma lembrança que nunca esqueci

Rogo à Deus, querido amigo

Anjo de saudade pura

Que um dia nos encontremos, de novo

E que eu o reconheça, e você, a mim

Duas almas entres as flores da vida

Cuidando, juntos, do nosso jardim.

 

Regina Oliveira Devi

Santos, 27/06/2024

Desenho: Ângelo (Homenageado)