O Poverello de Assis
Não haviam distancias.
Descalço, na terra solta
que grudava na pele
e na roupa pobre e rasgada ...
ele chegava lá .
De fama e glória
era seu futuro,
enrrolado em tecidos púrpura ,
o sonho de Bernadone .
Pobre pai !
O menino juntou-se à pobreza,
à fome deles, soterrando de vez
a fama esperada no extremo frio,
no desalento do tempo.
Ele sorria, ele abraçava
com ternura e com carinho,
com uma amor incontido,
quebrando todas as barreiras
intransponíveis do tempo.
Os pássaros, felizes sobrevoavam,
assentando-se em sua cabeça,
em seus ombros e em suas
mãos que os abençoavam,
toda natureza tomada de alegria.
O solo onde pisava
era enxarcado de sangue e de lágrimas,
dos velhos, dos jovens e das crianças ,
pela fúria religiosa que dizia
ser a vontade de Deus.
E nas trevas da Idade Média,
o garoto pobre e mal vestido
com uma brandura sem limite
foi dissipando as trevas,
mostrando as verdadeiras mensagens
do Criador e do amor de Cristo