Pai
Quando penso em meu pai,
não posso deixar de sorrir...
Sua simplicidade,
seu modo engraçado de chamar as filhas,
de "fias",
seu jeito de mandar sem parecer que manda,
seu corinthianismo exacerbado,
que o faz colocar folhinha de arruda na orelha
em todos os jogos...
Seu modo cheio de fé,
de nos benzer todas as noites !
Quando viajamos,
ele vai no mapa olhar onde fica...
para virar-se naquela direção,
e mandar a benção,
para o lugar certo...
Sua lista cada vez maior de abençoados,
que se estende aos genros,
aos netos,
aos cônjuges dos netos,
e aos bisnetos...
Conselhos sábios e não raras vezes espirituosos...
Outro dia ele me disse:
quando quiser pedir alguma coisa pro Santo,
reza pra São Benedito:
- Ele não é muito conhecido,
portanto não é muito ocupado com pedidos...
com certeza, vai atender...
Por essas e muitas outras,
eu o amo...
e não posso deixar de sorrir,
quando penso nele...
13/08/2005
À benção meu Pai... e que Deus o abençoe...
(ele partiu em 11/02/2007 - muita saudade)