Ó, MÃE, VÊ SE ME LARGA!!...
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Para o texto, que recomendo:
Fora da mãe, liberdades e incertezas
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A mãe, tal como terra adubada, no dizer apodítico do cronista, recebe a semente e a transforma em fruto, que é expelido carregado de novas sementes.
É assim que acontece com todos os seres vivos, racionais ou irracionais, ricos ou pobres, párias ou nobres.
A natureza não os distingue por status.
O macho comparece, naturalmente, como simples doador da semente, enquanto a fêmea, receptora e transformadora, entrega-se com amor à incansável incumbência de cuidadora.
Por ela, a mãe, nenhuma flecha seria retirada de sua aljava.
Porém, quando acontece o inevitável, ela ainda demonstra sua possessividade, atando cada flecha ao seu psicológico cordão umbilical.
Quer se garantir de que as flechas largadas atingirão o alvo certo.
Cordão umbilical é pouco.
Ainda apela para a fé como o único caminho para evitar que sua cria adentre em becos sem saídas.
Não foi em vão Que Deus a apelidou de Mãe.