Sobre o Colégio Robespierre- Santo Aleixo
Eu estava chegando ao prédio da Secretaria de Educação no Rio, dei de cara com o prof. Evanir, da Silva Gago, dedicado educador mageense. Ele estava aflito, quase chorando, estranhei e perguntei, se havia algum problema e ele disse:
- Problemaço, vim dar entrada na documentação para abrir uma Escola em Santo Aleixo, os técnicos conferiram todos os documentos, mas não pude protocolar o processo, porque faltou a indicação de um pedago para constar como vice- diretor, com registro do MEC e não tenho. Lá em Santo Aleixo não encontrei ninguém que aceitasse. Então eu abri minha bolsa, peguei meu registro do MEC, os documentos e falei, toma, dê entrada.
Assim foi. Do primeiro dia do Colégio até o fim, fui vice-diretora, como voluntária.
Certo dia, a filha do prof. Evanir me ligou e disse, papai morreu. A senhora é a vice-diretora, então a senhora vai ter que assumir a direção da Escola e assinar todos os documentos. Vamos precisar muito da sua ajuda. Em caso de morte do diretor quem assume é o vice.
Dei assistência à Escola durante todo o tempo que foi precisso Assinei a documentação, até a Escola fechar e eu pedir à Secretaria de Educação para recolher os seus arquivos. Aí ganhei aquele abraço e uma linda jarra. A filha do professor Ivanir disse:
- Nada vai pagar o que a senhora fez pela Escola esta jarra está sem flores, mas a gratidão é assim mesmo: invisível.