EM ESTADO DE POESIA

Estou aportado aqui, passageiro de Passárgada, emocionado e feliz. Olhos mareados. Era isso o que os aflitos de condenação ao pensar desejavam que acontecesse dentre os atos de louvação pelo transcurso dos 80 anos de Luiz Nicanor: a Poesia vivendo em sua singela e humilde lucidez. E extasiamo-nos a curtir o menino sapeca fazendo as mais recentes molecagens. Assim, ele, o ante-visor revel do lido, tido, visto e havido, inscreve-se permanentemente em nossas artérias. Nessa fugaz fluidez por palavra e imagem, o presente e o futuro cerzem o mítico, através de lavratura, cumprindo o rol enovelado dos mistérios. E o poetinha Joaquim Moncks, presente e honrado, ávido do verbo em sua vestimenta de gala.

MONCKS, Joaquim. O CAOS MORDE A PALAVRA. Obra inédita em livro solo, 2024. https://www.recantodasletras.com.br/escrivaninha/publicacoes/preview.php?idt=8028437