Na Terra Del-Rei

Em São João del-Rei, cidade querida,

O tempo caminha em outra medida.

Suas ruas de pedra, seu ar colonial,

Um lugar de encantos, um cenário surreal.

Pelos sinuosos caminhos vou vagando,

Emoldurado por casarios encantadores,

Ouço ecos de tempos passados sussurrando,

Histórias de um passado cheio de amores.

Suas igrejas grandiosas e imponentes,

Testemunhas de fé e devoção ardente,

As carrancas de pedra, expressões marcantes,

Protegem a cidade, guardiãs vigilantes.

No Largo do Carmo, o sino toca suave,

Anunciando o tempo que parece não passar.

Encontro no Mercado Central um alívio,

Saboreio quitutes e me deixo levar.

O bonde amarelo passeia sem pressa,

Leva-me a lugares de memórias singelas.

São João del-Rei, em tuas praças e vielas,

Encontro a alma tranquila e alegre que se expressa.

Nos trilhos da Maria Fumaça, viajo no tempo,

Retorno aos tempos de ouro, de esplendor.

O apito ecoa, a locomotiva ruge,

Em cada parada, um novo encanto a explorar.

E ao cair da tarde, o pôr do sol dourado,

Pinta o céu de cores, é um espetáculo divino.

São João del-Rei, cidade de encantamento,

Meu coração por ti bate, apaixonado e genuíno.

Assim, em versos, celebro tua beleza,

São João del-Rei, cidade mineira querida.

Tuas ruas, teus cantos, tua riqueza,

São tesouros guardados em minha vida.

>>> Poema de meu livro "Terras de Minas"