Ode a Guimarães Rosa
Nos confins do sertão, em palavras encantadas,
Surge Guimarães Rosa, mestre das veredas,
Com Grande Sertão Veredas, obra consagrada,
Esculpindo a alma da terra em suas letras.
Manuelzão e Miguilim, personagens tão reais,
Retratos da vida na vastidão do sertão,
Em suas histórias, pulsam sonhos e vendavais,
Ecos de um povo em busca da redenção.
Nas tramas entrelaçadas, o sertão se revela,
Com suas gentes, mitos e tradições,
Percorrendo as veredas, em cada verbo se desvela,
A poesia do Grande Sertão em suas mãos.
Rosa, poeta das palavras sertanejas,
Transcendes os limites do tempo e do espaço,
Com tuas prosas e versos, como a seiva que despejas,
Alimentas nossa alma e nos trazes abraço.
Teu legado é um tesouro que jamais se esgota,
Poeta das veredas, guia das emoções,
Em cada verso, tua voz ressoa e se apronta,
E o sertão, em ti, encontra suas canções.
Oh, Guimarães Rosa, encantador contador de histórias,
Tuas palavras eternas ecoam na literatura,
Como um rio que corre livre por entre memórias,
Desbravando o sertão, revelando a cultura.
Tu és a voz do sertão, do Miguilim ao Manuelzão,
Que ecoa na vastidão desse Brasil sem fim,
Teu nome, eterno, em versos se faz oração,
Guimarães Rosa, poeta, és um símbolo em mim.
>>> Poema de meu livro "Terras de Minas"