Transcrevo abaixo a carta homenagem na íntegra,  que enviei ao nobre amigo poeta após a sua partida aos Braços do PAI. 

 

ODIR!

Tanto de ti amigo querido, nas tuas homenagens aqui feitas já foram ditas...Ganhaste o coração de tantos amigos poetas, dos seus assíduos leitores e muitos outros que virão... 

 

POIS, O POETA É ETERNO!

 

Fostes comparado aos mais nobres e ilustres poetas da Literatura, da sua tão amada João Pessoa/Paraiba, igualado em alusão ao também paraibano Poeta Augusto dos Anjos seu coestaduano.

 

Soube da tua partida ao romper da madrugada,  meu horário de checar as mensagens no Recanto das Letras...

 

Levei um susto!

 

Entristeci deverás,  amigo!

 

Após as minhas orações implorando ao Pai pelo seu descanso eterno em paz e luz, postando junto aos inúmeros amigos Poetas Recantistas que já o antecederam nessa viagem...

Peguei no sono devido ao remédio,  mas não foi um sono tranquilo...

Resolvi te prestar essa singela homenagem publicando dois lindos poemas entre tantos outros teus, que me inspiraram a escrever. Isto é  muito peculiar em mim,  quando um poeta me toca e me faz escrever, publico-o com seus devidos créditos.

 

São esses Poemas:

 

MALQUERENÇAS - me inspirou RONDEL  - O MAR

 

FILHO DO SERTÃO- me inspirou RONDEL - FILHA DA CIDADE

 

 

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MALQUERENÇAS - SONETO

 

Eu não gosto do mar. Seu vento odeio!

Pegajoso, e espargindo maresia,

nos vistos das vazante faz volteio,

passando-o por quem passa, noite e dia!

 

Eu não gosto do mar.  Quando passeio 

Os pensamentos postos na poesia

desvinculou do vento o devaneio,

desmereço das ondas a estadia.

 

Sua esfinge não mais me obsedia. 

Das sereias nos cânticos não creio.

As mesas marearam a melodia.

 

Gaivotas são grasnantes no gorgeio

As dunas ventaneiam em demasia.

Eu não gosto de mar. Seu vento odeio!

 

POETA OKLIMA

João Pessoa/Paraiba 

23/08/2014

 

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O MAR - RONDEL

 

Gosto do mar que trás a maresia 

O vento forte assopra o devaneio 

O vai é vem das ondas na magia

Um amor esquecido que pleiteio.

 

As dunas que se vão à ventania

Levam consigo o que não pranteio 

Gosto do mar que trás a maresia

O vento forte assopra o devaneio

 

Uma canção dolente de travessia 

Nesse compasso que ziguezagueio

O porvir de um novo sonho alivia

Gaivotas saúdam o dia em gorjeios

Gosto do mar que trás a maresia.

 

Poeta SanCardoso

04/01/2014

S.P.SP

 

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FILHO DO SERTÃO  - SONETO

 

Como dói o meu peito ver de perto.

A terra esturricada,  o chão vazio 

Dessa gente que enfrenta o vento frio

Quando a chuva e os trovões estão por perto!

 

Como os meus olhos doem o olhar deserto

Desses santis servis em oração...

Jesus Cristo e Maria em cada mão, 

desesperando aos céus a dor suprema!

 

Quando a chuva é  a razão  do meu poema

eu me sinto mais filho do sertão. 

Como é  dorido o pranto dessa gente

despreendendo o que diz o esgazeado

Olhar da morte às vésperas do gado

fenece as feições  à  sua frente!

 

Eu fui parte da parte mais pungente

De água enlameada um garrafão

Pegado pra beber dava um peão 

A um novilho fundado a dose extrema!

Quando a chuva é  razão do meu poema

Eu me sinto Filho do SERTÃO.

 

POETA OKLIMA

29/12/2013

J.PESSOA/ PARAIBA 

 

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FILHA DA CIDADE - RONDEL

 

Sem a chuva pra molhar a terra

Um ar pesado difícil de respirar 

As lembranças ao pé da Serra

Vão e voltam no meu pensar...

 

Nesta vida , onde tudo é guerra 

Quando a emoção grita pelo ar

Sem a chuva pra molhar a terra

Um ar pesado difícil de respirar

 

Nessa cidade o lirismo encerra

O sentimento sem força a amar

Por onde todo sentir acelera

Na inspiração poeta a versejar...

Sem a chuva pra molhar a terra

 

Poeta SanCardoso

27/12/2015

S.P.SP

 

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Quando alguém lhe tocar o coração não deixe de manifestar ao outro esse momento de felicidade. 

Se ele não mais aqui estiver,escreva na "pedra" para perpetuar o lindo momento. 

 

Por que na vida a nossa maior missão:

 

"AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO"

 

 

 

[#M#EMORIAL RECANTISTA #] EU APOIO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SanCardoso
Enviado por SanCardoso em 27/11/2023
Reeditado em 28/11/2023
Código do texto: T7941696
Classificação de conteúdo: seguro
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