Moça Alegre
Moça Alegre
Morava numa casa de palha de babaçu, chão com relevo desigual, ou seja, sem aterro, sem nem um conforto. Um quarto com as paredes de palha e uma área aberta onde ficava o fogão a lenha e as redes onde dormiam ela e seus irmãos.
Eu admirava o seu jeito, uma jovem que levava a vida com alegria em meio a tamanha pobreza. Não tenha condições financeiras; se fosse hoje e com muitas outras estaria deprimida por não ter uma boa casa, celular, roupas de grife. Mas pelo o contrário ela irradiava felicidade, dentro daquele cenário.
Podia ser indo buscar água no córrego onde no inverno atolava os pés até a metade das pernas, não importando o que se passava, havia um sorriso na sua face, deixando os dentes alvos a vista. Morena clara e cabelos castanhos escuros e cacheados.
Quando passávamos, pois a sua choupana era na beira da estrada. Percebiamos dias após dias a sua alegria de viver, e foi graças a esse comportamento, que a apelidando de modo carinhoso e como admiração: Moça alegre.
Hoje me pus a perguntar: Será se ainda está viva, se alcançou boa situação financeira, mas o que mais eu gostaria de saber é se ainda continua alegre como quando viva humildemente, ou se as coisas transitória a estragou.