MEMORIAL RECANTISTA
A serpente e também o anjo apoiam o MEMORIAL RECANTISTA.
A última quimera
Uma homenagem ao poeta morto.
Bom mesmo seria receber flores perfumadas em vida.
Particularmente, eu não gosto de flores de plástico,
E se eu não dissesse isso, não seria o eu do meu eu.
Os mortos não morrem;
O morto não fala.
Os mortos dançam em volta de uma mesa farta de homenagens e lágrimas no pós-morte.
HIPOCRISIA!
Eu quero uma pra viver!
Porque não recebemos gratidão e reconhecimento em vida?
Afinal, o que é maior: o remorso ou a gratidão?
Mortos sempre são temas de interesse.
Mortos fecham volumes de um leque de possibilidades,
São histórias curtas ou longas para exploradores da alma humana.
E o amor jamais deveria deixar de ser um tema de interesse.
Se não é pela DOR,
Que seja então pelo AMOR.
Aliás, o momento propício para tentar contar OS MORTOS NA FAIXA DE GAZA:
Seria hipocrisia não falar, ou falar disso?
Quantas pessoas foram mortas lá, incluindo crianças, desde os ataques do HAMAS a Israel no dia 7 de outubro, que desencadearam a guerra atual?
Afinal, a poesia é TRINCHEIRA DE LETRAS.
Letras mordaças ou mudas serviriam de quê?
Como bem disse o poeta: "Um livro deve ser o machado que quebra o mar gelado em nós." — Franz Kafka.
Nota: Trecho de carta para Oskar Pollak, escrita em 27 de janeiro de 1904.
Ou...
Salmos 74:5. "Parecem-se com os que brandem machado no espesso da floresta."
Isaías 10:15. "Porventura, gloriar-se-á o machado contra o que corta com ele?"
VOLTEMOS AO RECANTO MEMORIAL
Os mortos recebem mais flores do que os vivos porque o remorso é mais forte do que a gratidão. — Anne Frank. (Ou de quem é essa frase?) Que eu concordo inconteste...
O aprimoramento espiritual do ser humano é a finalidade primordial da vida, e é uma tarefa individual.
Apoio e concordo com a ULTIMA ELEGIA E QUIMERA AO POETA MORTO!!!!!!!
O silêncio
Pergunta-me onde estou,
estou guardada nesse silêncio crucial,
cravada em minhas memórias falidas, relidas e lidas dos dias cansados.
Estou numa relíquia pó,
só estrelas e vaga-lumes me roubam das falas, do ócio indevido.
Inquiro-te:
Onde anda o teu silenciar que ao meu faz balbuciar?
Onde perdi-me nesse vácuo de papéis e flores?
Palavras e odores?
Calo-me então para que nem essa breve passagem,
anuncie a ti que parti.
— Cassia Da Rovare
OBS: Interação ao lindo escrever de Facuri.
Grata, querido amigo, por nos permitir participar dos seus escritos.
Beijos.
Cassia Da Rovare
Enviado por Cassia Da Rovare em 23/07/2015
Código do texto: T5321246
Classificação de conteúdo: seguro
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