FINADOS
Quando o silêncio da sala reina,
Quando a saudade aperta,
Naquele momento solitário
Que, pensando em quem se foi,
A dor não é no pulmão,
Não doem as costelas,
Nem os músculos do peito,
É outra coisa por dentro.
Doe no fundo da alma,
Inconsolável tristeza.
Dor que não se remedia,
Que não se cura,
Saudade dolorosa e inconformável.
Dia de lembrar de quem se foi,
De escrever elegias, sonetos plangentes,
Canto da terra; ao pó, uma poesia.
Dia de finados, dos amados despedidos.
Um "até logo" que não queríamos dizer...
Mas há esperança de nos reencontrar!
Nascemos, mas não somos deste lugar.