UMA HOMENAGEM A UM POETA DESCONHECIDO...# Memorial RECANTISTA #...Eu apoio...

A UM POETA DESCONHECIDO.

A grande avenida

Não deixa margem a dúvidas.

Nada fica intacto

Diante do concreto rude.

A visão, o tato, o olfato,

Tudo anestesiado

Pelo asfalto urbano.

De repente,

O inesperado.

Surge um poeta

E me oferece seus poemas

Em troca de nada.

Suas "Flores desorientadas"

São como dádivas

Na Paulicéia Desvairada.

Naquele momento,

Meus olhos cegados

De fuligem e fumaça,

Veem desabrochar uma flor

Na grande selva de concreto.

Entro em estado de graça.

Saio do torpor.

Uma flor desabrocha

E meus olhos se enchem de cor.

Poesia escrita pela minha irmã

Mari Watanabe aqui do RL.

(Esta história é real).

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Minha querida irmã, que linda poesia em homenagem a este Poeta desconhecido que te inspirou a escrever tão lindos versos!.

Diante dos arranhas céus, do concreto rude, do asfalto urbano ainda existe vida, materializada na voz de um Poeta sensível que acredita no poder da transformação das palavras e lhe oferece sem nada cobrar, o que há de mais sagrado para ele, "seus poemas".

Um gesto muito admirável que nos emociona, pois com certeza, os versos são os sentidos de vida, as inspirações daquele Poeta que do nada aparece diante de ti.

Diante deste asfalto urbano há um entorpecimento da nossa alma, os corpos acabam sendo anestesiados dia a dia, como se os nossos sentimentos "endurecessem" e assim, os nossos sentidos vão se enfraquecendo.

O progresso tão necessário, mas desordenado, acaba sendo ao mesmo tempo cruel, fruto das "mãos desorientadas" do homem.

Vamos perdendo o contato com as nossas raízes, com o verde da natureza, o ar, a água, a terra, para nos defrontarmos com a grande "selva de concreto".

Na "Paulicéia Desvairada" ainda, do nada, surge uma flor que sobrevive às intempéries do tempo e luta para sobreviver; ela é mesmo fruto da resiliência , um milagre Divino!.

Mas o Poeta desconhecido não calou a sua voz, ela sempre há de eclodir e penetrar nos corações sensíveis e despertos para apreciar o belo, o que vêm da alma.

E se ele tocar apenas um coração que possa ler e olhar com as "retinas da alma", além do que os olhos vêem, ele já estará em êxtase e em estado de graças...

Penso que quando escrevemos deixamos um pouco de nós nos nossos versos, as nossas alegrias e tristezas, sublimamos nossos anseios e nossos desejos e vivemos e revivemos quantas vezes assim desejarmos.

Acredito que tudo que é escrito com a alma se eterniza no tempo, é como no desabrochar de uma flor, o vento pode soprar, mas a brisa leva com ela uma semente que irá em algum lugar florescer; como se cada verso fosse uma pétala voando para os céus do infinito que retornam em novas folhas e novas flores que aqui perfumam... 🌿 🍁 🌿

Poetas, resilientes da palavra,

Vozes que se eternizam!

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Venha querido amigo (a) fazer parte do grupo de apoiadores aqui do RL.

De vocês dependem a aprovação para a Inclusão do Memorial do RL.

Logo chegaremos a pelo menos 100 apoiadores.

E como diz a Juli Lima, quem será o 100?

VÊM AI O DIA... # M # ...

Aguardem!. 🌿 🍁 🌿

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Lembrando a citação na poesia da " Paulicéia Desvairada", aproveito para homenagear o eterno Poeta Mario de Andrade.

Paulicéia Desvairada é uma coleção de poemas desse renomado Poeta, publicado em 1922.

Mário de Andrade rompeu com a estrutura tradicional do romance e com o rigor formal da poesia, em prol da liberdade da criação, que passa a ser escritos em versos livres ( sem métricas e sem rimas).

Paulicéia Desvairada surgiu em um momento que São Paulo já estava se transformando em uma grande metrópole , coincide com a explosão demográfica da cidade e a chegada de imigrantes de diversos países.

Algumas obras mais conhecidas do autor:

Paulicéia Desvairada (1922) - Poesias.

A escrava que não é Isaura (1925) - Ensaio.

Amar, verbo intransitivo (1927)

Romance.

Macunaíma (1928) - Romance.

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Ouçam: Mário de Andrade.

Poemas da Amiga,trechos.

https://youtu.be/T1vCRZnuULE?

si=K5mAwcG8UG7kzayi

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Ouçam: Eu danço.

https://youtu.be/PRYSYktH1ig?

si=Q6ps-yuLgaG36iP-

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Leiam: Paulicéia Desvairada em PDF.

https://images.app.goo.gl/8VgQ2s28Z8aq6JpW8

Lélia Angélica
Enviado por Lélia Angélica em 25/10/2023
Reeditado em 25/10/2023
Código do texto: T7916494
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