AO NORDESTINO
Quando o grito de dor do nordestino
Unir-se à voz geral do desencanto,
Esse eco, de repente, faz um canto
E o canto de repente faz um hino.
E puro como um sonho de menino
Será cantado aqui e em qualquer canto,
Como símbolo, estandarte, como manto
De um povo que busca o seu destino.
Quando esse hino, pleno de ideal,
Canção de um povo em marcha triunfal,
For lançado ao sabor de seu destino
Aí se saberá sem ter espanto
Que um eco de repente faz um canto
E um canto de repente faz um hino.
Autor: Ronaldo Cunha Lima foi um advogado, escritor e político brasileiro, paraibano.