ANO PASSADO EU MORRI/ MAS ESSE ANO EU NÃO MORRO




O verso, que ficou consagrado na voz de Belchior, voltou nos últimos anos, seja por causa da instabilidade política, seja por causa da pandemia de Covid-19. A frase  voltou a repercutir após gravação do rapper Emicida (no álbum AmarElo).

A própria autoria do verso é alvo de uma controvérsia histórica entre os paraibanos Zé Limeira, Orlando Tejo e Otacílio Batista. Oficialmente, ele é creditado a Zé Limeira, um cantador e repentista analfabeto, nascido em Teixeira, na Paraíba, 135 anos atrás, conhecido em sua terra natal por produzir versos sem muito sentido, mas perfeitos na métrica poética.

O problema é que Zé Limeira viveu num tempo sem tanta preocupação com documentação. E não se sabe nem mesmo se ele chegou a ter uma certidão de nascimento, o que, durante muito tempo, principalmente nos anos 1980 e 1990, fez muita gente duvidar de que ele teria mesmo existido.

ZÉ LIMEIRA EXISTIU?

Trarei nos proximos capitulos testemunhos  embasados em pesquisas que acreditam na sua existência. Claro que no livro, O Poeta do Absurdo , Orlando Tejo lança mão da sua criatividade, numa mistura de realidade e ficção. Eu acredito. Tenho seu livro, aliás uma relíquia comprada no sebo , com uma dedicatória do escritor de próprio punho, a uma tal Joselita. No verso da segunda capa, um belo cordel do grande poeta Patativa do Assaré, em homenagem ao autor, Orlando Tejo, pasmem!, com sua assinatura : "Antônio Gonçalves da Silva, Patativa do Assaré " 10/02/1980, na minha opinião , uma caligrafia de quem tem poucas letras (ou estudo, como queiram), porém de uma riqueza cultural enorme.



Belchior-Sujeito de sorte
https://youtu.be/fdwb_siAV54?si=ndBK3mUXfsevHQN5


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Erivaslucena
Enviado por Erivaslucena em 07/10/2023
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