Meu 11 De Setembro Particular
Tudo estava indo bem, muito bem por sinal, daqueles tempos tão bons que a gente parece duvidar que existe.
Meu tio-avô Homero que um dos meus maiores incentivadores da minha profissão, estava com câncer, mas até onde eu sabia estava controlado.
A minha avó alertou que segunda-feira o mesmo voltaria para a minha cidade-natal e óbvio eu estava com saudades do mesmo e queria comentar a minha situação atual que começara a melhorar.
No dia 11 de setembro, eu havia ido muito bem em um Concurso e sido Aprovado, só faltando a confirmação que veio logo em seguida e ser chamado.
Saio da cidade vizinha, venho até a minha, com muita alegria, pensando em como o meu esforço valeu a pena, só de ver o meu nome na lista de Aprovados, tendo uma formatura que recém havia completado 5 meses e já tinha garantido uma vaga em um curso disputado na USP.
Desço do ônibus, busco saber o resultado do jogo do nosso Palmeiras frente ao Grêmio 0 a 0. Compro uma coca, e um pouco de costela minga, penso amanhã eu vou ver o meu saudoso tio Béio.
Assim que eu abro a porta de casa com o maior e melhor sorriso, a minha avó fala: ele morreu!
E do riso fez se o drama. da felicidade sem direito a parada nenhuma direto para a tristeza!
A sua missão na terra, já estava cumprida, o seu coração parou e o nosso passou a bater mais triste.
Obrigado tio por ter me incentivado a ser Farmacêutico, sim, com F maíusculo. De onde o senhor estiver sei que está olhando por mim.
Assim que eu soube que as minhas notas, todas altas, não fiquei feliz por isso, afinal eu já tinha lutado por isso em uma profissão extremamente ingrata que eu tentei ter há alguns anos. Eu fiquei triste por não ter mais o meu tio ao meu lado.