Cem anos de respeito
O dia 20 de agosto de 2023 entrou para a história na vida de um distinto cidadão marialvense. Nessa data especial, Ângelo Martins Lopes completou cem anos de vida. Esse é um feito por demais relevante, uma marca respeitável, alcançada por alguns poucos privilegiados. Foram dez décadas "bem vividas", como gosta de ressaltar o aniversariante. A ocasião é realmente especial, com direito a abraços, o carinho dos familiares e amigos e principalmente o reconhecimento pelos intermináveis e rotineiros exemplos de sensatez, humildade e respeito.
“Seu” Ângelo foi agricultor, taxista, funcionário público municipal. Constituiu família e conduziu os descendentes pelos caminhos indeléveis da retidão de caráter, da honestidade e do respeito incondicional ao próximo. Sentimentos presentes em sua personalidade desde sempre, uma marca registrada que tem a capacidade de angariar e manter os amigos por perto.
Possui Carteira Nacional de Habilitação desde o ano de 1944, documento orgulhosamente preservado entre seus objetos pessoais. Em 2014 foi merecidamente homenageado pela Câmara Municipal de Marialva, município do noroeste paranaense, com o título de Cidadão Honorário.
A simplicidade desse cidadão de respeito impressiona. Cativa seus interlocutores pela espontaneidade, evidenciando desapego a valores materiais supérfluos e transitórios. O longevo senhor esbanja empatia. Faz questão de carregar consigo a tranquilidade, a mansidão daqueles que vivem em paz com a consciência e a certeza do dever cumprido. Superou com perseverança os desatinos da vida sem perder o otimismo, o bom humor e a fé na missão a que todo ser humano está sujeito nesse plano terreno. Mostrou com sua conduta inquestionável, que a honestidade deve ser um sentimento de porte obrigatório a acompanhar uma pessoa de bem.
Essa é uma história real. Cem anos. Um século. Um dia especial na vida de um homem absolutamente comum, que se esmerou em nutrir e compartilhar atributos singulares e primordiais. Um ser humano excepcional. Um homem de respeito. Para você, Ângelo Martins Lopes, meu velho amigo, eu tiro o chapéu!