Dilma
Em 2016, enquanto nossa presidenta sofria o golpe, nossas vidas se encontraram. Para sempre.
Sua grande amiga e companheira te trouxe até nós. Em assembleia decidimos: fica. Houve ali o inverso do golpe: te elegemos nossa amada, integrante da família.
E aí foi você a presidenta dos nossos lares, pois, tão querida e pequena, tinha duas casas.
Dilma: preta, branca e amor. Parece um sonho que vivemos acordados, companheirinha.
Não demorou pra percebermos que o nome em homenagem era, na verdade, uma honra pras duas presidentas.
Estivemos juntos em momentos felizes e também em tempos difíceis, e você lá, sem nada a temer, coraçãozinho felino valente. Você revolucionou nossas vidas com amor e seu companheirismo quase sempre silencioso.
Seu mandato de sete anos passou num instante, entre sonecas, companhia, escaladas, brincadeiras, saladas e plantas na janela. Queríamos mais, muito mais, nossa querida caçula de narizinho preto.
No entanto, um golpe inesperado e inevitável nos atingiu. Um golpe que não revoga a sua trajetória, a nossa história nem as saudades.
Dilma, Dilminha, Gilma, Dil-Dil: você, gata presidenta, vai sempre governar nossas melhores lembranças.
Te amamos.
Outono de 2016 - 13/8/2023.