Pai
Pai.
Aí pai, que saudade que eu sinto de ti!
Que saudade!
O tempo te presenteou com uma coroa flores,
E sapatos de veludos.
Roupas azuis -cinzentas.
Comprou- lhe uma pequena casa,
Lá na baixada do rio sereno,
Lhe presenteou, com uma passagem
Só de ida. Aí o tempo!
Ai Deus meu, o que separa a vida da morte?
O que?
Os meus olhos estão acesos noites e dias,
Como chama de lamparinas eternais.
Os meus lábios, trêmulos, escondem um
Choro profundo.
Que formam um caminho,
De lágrimas profundas, no meio do rio
Do destino.
Saudades!
Que eterna saudade!
O que resta de ti ó pai
São retratos, apenas retratos!
Que não gosto de olhar,
Que o tempo está desbotando devagar.
Que o tempo está levando embora.
Aí este tempo, o tempo toma tudo da gente,
É generoso, porém cruel.
O que me resta é chorar, e chorar!.
Saudades eternas
Homenagem a todos os pais.
Rosy Neves