Pai

Pai.

Aí pai, que saudade que eu sinto de ti!

Que saudade!

O tempo te presenteou com uma coroa flores,

E sapatos de veludos.

Roupas azuis -cinzentas.

Comprou- lhe uma pequena casa,

Lá na baixada do rio sereno,

Lhe presenteou, com uma passagem

Só de ida. Aí o tempo!

Ai Deus meu, o que separa a vida da morte?

O que?

Os meus olhos estão acesos noites e dias,

Como chama de lamparinas eternais.

Os meus lábios, trêmulos, escondem um

Choro profundo.

Que formam um caminho,

De lágrimas profundas, no meio do rio

Do destino.

Saudades!

Que eterna saudade!

O que resta de ti ó pai

São retratos, apenas retratos!

Que não gosto de olhar,

Que o tempo está desbotando devagar.

Que o tempo está levando embora.

Aí este tempo, o tempo toma tudo da gente,

É generoso, porém cruel.

O que me resta é chorar, e chorar!.

Saudades eternas

Homenagem a todos os pais.

Rosy Neves

Rosy Nevess
Enviado por Rosy Nevess em 10/08/2023
Código do texto: T7858554
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