Aos Seus Noventa Anos.

Sabe velha, ainda à vejo sorrir, um sorriso que muitas vezes acolhendo-me secava meus olhos marejados.

Recordando minhas peripécias, onde você brigava com uma ternura sem limite, corria, abraçava, aconselhava, nos amava...

Sabe velha, do interior onde passávamos as férias, seu interior vivia, ainda que, estivesse aqui, seus sonhos, suas lembranças, seu aprendizado, criaram um solo fértil, sustentando cada raiz aqui a sua volta.

Lembrar-te não é apenas una saudade, não requer um momento, mas, um conjunto do que fora para nós, seus filhos, netos, bisnetos, hoje, neste dia em especial, desejando um feliz aniversário, de certo não se resume em apenas isso, olho para cada um de nós, em cada olhar vivo, vivia um amor sem igual

Velha, de tantos nomes, de tantos apelidos no decorrer desse noventa, te abraçamos com apertos presentes, na distância, e até, daqueles, que, sem presenciar contigo esta.

Te amamos incondicionalmente, sem ter dimensão, Eu, Beto, Ana, Sio, Liu, Dedê, os segundos filhos, que, geraram tantos outros ilustrando uma árvore cheia de frutos, folhas, onde vento nenhum abala, sem palavras para descrever esse amor, apenas dizemos:

- Nós te amamos...

Feliz aniversario. Edite M. dos Santos (Dita)

Nota:

A pedido, o nome da minha mãe de criação. Uma mulher, mãe, e, amiga.

Texto: Aos Seus Noventa Anos.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 20/07/2023 às 19/33