Uma Lenda do Sol.

Uma Lenda do Sol.

Na arqueologia lidamos com vários cenários históricos, fatos curiosos, marcos dos tempos antepassados, lendas de senhores do universo, e, suas criações...

Como arqueólogo, visitei o sul por critérios de cartas antigas, descritas em uma língua única...

Universal?

Não tenho certeza!

Morta?

Quem poderá dizer!

Ensolarada?

De fato!..

Pois bem!..

A lenda em questão, trata-se de um nascimento. Era uma época negra, sem brilho em nenhum canto deste pequeno universo. Zeus, cansado da escuridão, de tatear sem motivação, sem nem ao menos distinguir seus irmãos, seus filhos, ou, seu reino, buscou em Delfos um abrigo. Delfos, era senhor da sabedoria, onde todo Olimpo se reverberar-se diante de seus ensinamentos, previsões, e, declamações.

Chegando diante do altar, Zeus pergunta:

- Delfos. Eu, senhor absoluto deste reino, exijo um caminho para afastar tal escuridão a qual me assola.

Delfos, em silêncio, observa tal ser em seu temor, e, responde:

- Neste ano vindouro, datado do número trinta e um, no tempo de Ενδέχεται, a luz prevalecerá...

Zeus, tentando compreender tais palavras, retira-se, porém, olha mais uma vez o Oráculo incrédulo, e sai, mergulhando na imensa escuridão. Andando sem saber a direção tomada, ouvia sorrisos de crianças a brincar, mulheres, que, trabalhavam, e, conversavam sobre o breu, o trincar de espadas em pleno treino, sendo assim, parou em meio ao que, poderia ser um mercado, sentindo o cheiro de χακί, pressentiu um homem velho, sentado, vendendo tal fruto.

- Boa noite. Quanto custa?

O velho homem, percebendo a figura à sua frente, responde:

- Senhor, não é nada!

Zeus o olhou fixamente, e disse:

- Tome duas dracmas.

Então,...

Zeus saiu com a fruta em mãos, sentou sobre a sombra da velha Cajazeira, e, olhando-a com precisão, teve um súbito flash do que ouvirá do Oráculo. Naquele devaneio, ele poderia alcançar tal sentimento aflorado, sentir seu cheiro de alfazema, assim como, admirar a aquarela com que aquela luz emitia...

É chegado o dia...

Em um pequeno vilarejo, uma mulher de origem indígena, dava a luz ao mundo, clareando os confins do universo, emprestando assim, do seu sorriso, raios, que, fizera brotar jardins de inúmeras flores. Aquela criança, em si, trazia versos nos Recantos por onde era vista...

Seu nascimento, chegará no Olimpo, aos ouvidos do próprio Zeus, vendo com clareza todo seu reino, chamou sua guarda pessoal, e, desceu à terra para ver de perto tal ser. Ajoelhou-se diante daquela menina, olhando-a em seus olhos castanhos, segurou-a nos braços, dizendo:

- Sua graça será Αντωνία, nascida em Ενδέχεται do dia trinta e um.

Na terra, assim, como no Olimpo. Fizeram festa, parabenizando aquele sol, que, trouxera calor e vida ao imenso globo, com Dionísio, pondo à mesa, vinho. Diana, trazendo caças para alimentar o mundo, e, como dito nesta lenda, cada um dos deuses contribuíram com seus talentos à este nascer de belo interior...

Foi assim, que, de geração em geração, a lenda, hoje viva a cada amanhecer, passou seu conhecimento em cada crepúsculo, forçando aquela futura descendência, agradecer a luz à sua volta, admirando a aquarela em seu nascer, fazendo luau em seu entardecer, sob o julgo, à beira do reino de Netuno...

E, Zeus pela primeira vez sem conter a alegria... Chorou!

Bem, futuros arqueólogos...

Relatado a lenda...

Eu.

Como arqueólogo busco fatos...

Como escritor busco a poesia...

Como homem...

Amo esse sol que irradia minhas noites...

Parabéns à você (Αντωνία)!..

Texto: Uma Lenda do Sol.

(Parabéns Αντωνία...)

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 29/05/2023 às 23:02

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 31/05/2023
Código do texto: T7802076
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