Diploma de Nascimento
Analfabeto, foi menino, minha biblioteca foi a televisão. Brinquei de adulto, em um mundo só meu, tão silencioso e invisível, em um quintal cheio de flores e arvores. Reconhecia a fragilidade dá infância que vivia, más era o deus dos meus dias e, o covarde das noites mau dormidas.
Cheguei imaginar a infância ser infinita,... morreria criança..., sem conhecer o final da rua, brincando de viver, de brincar sem me perceber crescer viver.
Não conseguia enxergar os mais velhos, assim quase não os ouvia. Pouco brincava com meus irmãos, que eram dois, o mais velho e o mais novo, disso eu sabia. Pois via o caçula feliz, com os cuidados do atento mais velho. Não que me importasse, pois minhas brincadeiras solitárias, demandava muita atenção pra ser feliz.
Fui forasteiro, fui Nacional Kid, que junto as abelhas das flores vencia pássaros imaginários. Enfim já havia sido todos heróis e bandidos exibidos em TV aberta, dá época.
Bom agora já aprendi a ler, consigo escrever algumas coisas e ah já sou um velho adulto, daqueles aposentados, tratados muitas vezes como criança. Que até me alegra, entendendo que a humanidade, ainda não entende nada de vida e de brincadeiras.
É que a alegria de viver triste de, tristes surpresas, nos enches de infantis alegrias, tão nobres quantos as alegrias dos amores, dos perdões cheios de heroísmos, como dos analfabetos meninos, em quintais cheio de flores.
Hoje aprendi o amor dá vida, um viver por viver, de uma admiração, como se tudo a todo momento me fosse desconhecido, pois o é, até me entristecer dá agonia, em saber que a humanidade envelhecida, esqueceu dá simplicidade que um dia, foi diplomada.