MEMÓRIA DE UM COMBATENTE INATIVO
Um dia após outro, numa quebra de paradigmas, um impulso para as inovações, renovações, buscas por novos afazeres, durante o passar de cada página ao tempo, como se houvesse ainda preocupações difusas de outrora...
O período de descanso noturno, quando ao sono a vida se adere, já não é o mesmo, mas o senso de vigilância é contínuo, ainda que, quando dormindo se faça o Combatente abstido de ocupações, com ouvidos sempre vinculados à realidade com os eventuais barulhos nas imediações...
Enquanto dorme, sonhos que ligam a fatos reais, às lembranças concisas de outrora, um elo que parece vincular aos Veículos Caracterizados e às Bases de Operações com as marcas que também pareçam afixar na alma, no coração, na consciência humana...
Aos primeiros dias, impelido às novas coisas, quando o Combatente se vê à mercê de novidades, agendas que preencham o tempo presente e as perspectivas para o incerto amanhã, já que o passado é inalterável e as exigências para o situar em novos lugares, ciclos, assim se percebe uma linha de readaptações que parecem um tabu difícil de se romper, pois a vida ainda está alinhada, adequada com certas posturas e composturas que são como se politicamente, elas detivessem em si o aguce elementar, os estímulos para enfrentar em uma nova batalha, que não é fácil de entremear nos acontecimentos, nesses novos ciclos, as novas páginas de uma obra, na trajetória peculiar...
Nisso, um sentimento assíduo se revela e o Combatente se vê na inatividade, como se fosse o personagem que vaga em meio as pessoas em ciclos diversos, onde sempre há aquelas que ousam expressar com afirmativas, que comprovadamente, estampam nelas o não saber com o que precipitadamente dizem a respeito dos irmãos, que ainda em campo de atividades, estão ativos ao zelo cuidar, onde arriscam suas vidas, suas liberdades, suas condições físicas, aos níveis variáveis nem sempre consideráveis em méritos ao que fazem jus... Mas o Combatente não suporta os ares da injustiça que a esses são atribuídos, no que parta de pessoas, que por razões particulares, certamente tenham porquês que ocultam em cada respectiva centralidade humana ou até diria desumana, isso em algumas linhas de comportamentos, os fatores que demonstram ofensas sem saberem ao certo, o que de fato o é ser um Soldado em Campo de Batalhas!
Mas o Combatente, com sua passagem comprovada em um princípio, meio e fim, ainda que não sendo partícipe ao presente, ele bem sabe as verdades, as veracidades que se vivencia e apesar de não ser atuante nas operações, como se fosse agora, tão somente o escudo entre o vínculo para com irmãos, onde defenda, expresse e até parta para confrontos se necessário o for, pois no sangue persistem as marcas de uma identificação invariável, na alma os adesivos que nitidamente revela a autenticidade e no coração as musicalidades que são como hinos ao esplendor que comprove esse personagem ao tempo...
Em meios sociais, ao perceber um Veículo de atividades operacionais caracterizado, estacionado em um ângulo de 45 graus com a apresentação ostensiva de um Combatente ou em circulação, em movimentos por vias com o uso de luzes e sons, a alma do Veterano, ela estarrece ao presenciar ao presente, lembrando de fatos de outrora... E todas as lembranças são semelhantes às curtas narrativas, descrições, dissertações em contos não fictícios ao que as palavras conduzam, mas sim uma realidade construída, enriquecida por detalhes, na ênfase deliberativa para um personagem que atua, se readaptando em novos ciclos, novidades aos sensos..
Em um ar confuso à razoabilidade, o que se explica um senso de emoção ser ramificado da alma e coração, quando o Combatente tenha a atenção e considerações provindas de irmãos em atividades, deliberando o inevitável senso de saudade das atividades...
O que comprova, que apesar de sermos nem tão quanto considerados humanos, no que parta de disparates de gentes que não detém em si, nem a mínima noção do que é ser um Soldado e a trajetória que define a realidade desses personagens, mas revela que sob a pele, inserido no conjunto, ligado à alma onde o ar processa o ciclo respirar com a inspiração e expiração que denote vida, a identidade precisa de referências que foram extraídas, escolhidas em meio às sociedades, pois uma vez Soldado, isso é como se num ar da eternidade já se fizesse comprovado, até mesmo pelo Criador...
Uma vez Combatente, sempre Combatente...
E não há o sentimento de medo, não há indecisões, não há variações quando o Coração de um Veterano está sempre ligado ao elo de uma formabilidade que estende além de si, mesmo sendo tido como inativo...
Aos irmãos da ativa, a minha sincera continência e o olhar sem variações de dúvidas que bem revela a minha admiração com o que venha da alma, como elo elementar que em associo, os mantém em minhas orações direcionadas ao Deus, Pai e Criador, para que os proteja sempre, sempre e Ele seja a luz em seus passos, em seus rastejos em quaisquer campos, sendo a visibilidade, a viabilidade e a precisão em suas linhas de atividades cotidianas, até que venham para junto aos Veteranos, compor a batalha que nos inova em meio às sociedades, com a finalidade de passar por readaptação, realinhamento, redefinições...
Um Salve aos Irmãos...
JGWelbor/CNS