PRECE PELAS MÃES

 

Deus da Vida, sabemos que Tua Misericórdia é infinita e Tua Bondade vai muito além da nossa compreensão! Por isso Te pedimos, vem e vê as dores das Tuas filhas!

 

Divino Amigo, olha aquela mãe ali, que chora por um filho morto. A dor é de despedaçar a alma! Dá a ela o Teu Divino Consolo!

 

Vê, Senhor, aquela mãe aflita, ao lado do leito do filho doente...

Se nós, que nada somos, sentimos a aflição dela, sabemos que Tu, muito mais sente! Entra com Misericórdia e Providência, de modo urgente!

 

Espia, Divino Mestre, aquela lá, que está no desespero por causa do filho em más companhias e vícios...ela já não sabe mais o que fazer! Mas Tu hás de se compadecer! Manda a Divina Instrução para esta mãe lidar, da melhor forma, com tão dolorosa situação! Estende a ela a Tua Mão!

 

Ah, Príncipe da Paz... Abraça aquela outra ali, no asilo abandonada...

Os filhos que ela criou e tanto amou, já não lhe dão nenhum valor!

Por misericórdia, Jesus, vem e alivia o peso da solidão, destas que ali, esquecidas estão!

 

Pelas inférteis, como Ana, Te pedimos, Supremo Amor... Ouve-lhes as súplicas e concede-lhes, segundo a Tua vontade, a Graça da maternidade!

 

Ah, Senhor, Luz do Mundo, olha aquelas lá...

Desempregadas, desesperadas, pois não têm como aos filhos alimentar e, com mais ninguém nesta terra, podem contar. A angústia que isto causa, é de aleijar a alma, mas Tu és poderoso para todas as circunstâncias mudar; todas as necessidades suprir e uma porta de emprego, para elas abrir! Apressa-Te no socorro, Senhor! Te pedimos, em nome do Teu Amor!

 

Abençoa, Estrela da Manhã, a todas as mães: as felizes e realizadas, as que choram, as desprezadas, as humilhadas! As que perderam a esperança, as que enfraqueceram na fé...as solitárias e sem brilho no olhar...

 

Confiamos que, se Tu estás no barco da vida, a toda tempestade, Tu podes calar e, no rosto de cada uma, um sorriso desenhar!

 

Que assim seja! E obrigada por contigo, poder sempre falar!

(Andreia Jacomelli)

 

PRA NOS CONCEDER A LUZ

 

Uma mãe foi o caminho

que o Criador escolheu...

E através de um bebezinho

que Maria concebeu,

Deus nos enviou Jesus

que enfrentou por nós a cruz

redimindo-nos, sozinho!

Pro milagre que se deu,

uma mãe foi o caminho

que o Criador escolheu.

 

Não existe amor igual

ao de uma mãe por seus filhos.

Nem no mundo, vendaval,

sofrimento ou empecilhos

que a impeça de os proteger;

pois para bem, sempre os ver

ela enfrenta qualquer mal

pra que não percam seus trilhos.

Não existe amor igual

ao de uma mãe por seus filhos.

 (ChicoDeGois)

 

AVE-MARIA
(Fernando Pessoa)


Ave-Maria, tão pura,
Virgem nunca maculada
Ouvide a prece tirada
No meu peito da amargura.

Vós que sois cheia de graça
Escutai minha oração,
conduzi-me pela mão
por esta vida que passa.

O Senhor, que é vosso filho
Que seja sempre conosco,
assim como é convosco,
eternamente o seu brilho.

Bendita sois vós, Maria,
Entre as mulheres da terra
E voss’alma só encerra
Doce imagem de alegria.

Mais radiante do que a luz
E bendito, oh Santa Mãe
É o fruto que provém
Do vosso ventre, Jesus!

Gloriosa Santa Maria,
Vós que sois a Mãe de Deus
E que morais lá nos céus
Velai por nós cada dia.

Rogai por nós, pecadores,
Ao vosso filho, Jesus,
Que por nós morreu na cruz
E que sofreu tantas dores.

Rogai, agora, oh mãe querida
E (quando quiser a sorte)
Na hora da nossa morte
Quando nos fugir a vida.

Ave-Maria, tão pura,
Virgem nunca maculada,
Ouvide a prece tirada
No meu peito da amargura.

(Fernando Pessoa)

 

Ouça as declamações na página de áudio:
https://www.recantodasletras.com.br/audios/poesias/103679

 

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Gratos pela interação do poeta Eligio Moura.

 

Comecei a sentir-te no calor do teu corpo,

enquanto flutuava seguro

em teu líquido amniótico...

Ia de um lado pro outro, brincava feliz e,

às vezes, batia forte para sentires teu petiz.

 

Minha melhor recompensa era o teu afago

ao longo da tua barriga...

Rei era como me sentia, imperturbável no meu conforto,

acariciado pela minha rainha.

 

Mais do que recebia do teu corpo,

além do cordão umbilical,

me parece que havia um compasso

afinado, que não era ocasional,

enquanto eu crescia e ocupava teus espaços...

 

Quase nunca reclamavas, mamãe...

Uma vez ou outra reclamei

enquanto enjoavas...

Reclamava quando não me sentia bem,

indo de um lado pro outro, ao abandono,

deixando-te muitas vezes sem sono...

Assim me comportei tantas vezes!

 

Mãe, és mais que a simples palavra que aprendi

num outro conceito, ao longo daqueles meses...

És pura ternura, numa palavra doce,

que me envolve e resolve

nesse teu carisma do amor perfeito.

(Eligio Moura)

 

Gratos pela interação do poeta Solano Brum.

 

 Essa Mãe, Nossa Senhora,

Que nos foi dada por Jesus,

Protege-me estrada em fora,

Com seu olhar cheio de Luz!

(Solano Brum)

ChicoDeGois, Andreia Jacomelli e Fernando Pessoa.
Enviado por ChicoDeGois em 11/05/2023
Reeditado em 15/05/2023
Código do texto: T7785812
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