Eu li a SenhoRita Lee
Uma ovelha negra
Ou a amante perfeita
Foi mulher sempre livre
Com a ousadia de alguém completa.
Era dramaturga
E artista
Era desejada por algum poeta
Pois como toda mulher
Sabia que merecia ser amada
De fato e sem receio
Não ligava pros bons hábitos
Era fruto proíbido
E cultivava o cigarrinho picado
Fosse real ou fosse apenas baseado
Queria viver intensamente sua paixão
Como mulher extravagante
Sexualizava até na canção
Dançava nas boates
E fugia dos holofotes
Mas como diva do Rock
Não deixava dúvida
Pois não se atrasava
Já que não valia a pena esperar
Tirava tudo da cabeça
Punha o resto no lugar
Como escapismo do mundo chato
Foi ali passear no espaço
Vai cantar mais e mais
Brilhará com todas as estrelas de Touro!
Caindo com as folhas do outono
E mesmo que não admita nenhum dono
Que os Deuses e Deusas a recebam!