1º de Maio - " Dia do Trabalho "
Neste 1º. de Maio, "Dia do Trabalhador", rendo as homenagens póstumas à dois grandes trabalhadores, meus saudosos pais - Delphino Stoppa, (20.02.24 - Piracicaba/SP - 02.07.1994 - Santo André/SP) e Aparecida Bonfanti Stoppa, ( 08.09.26 São João da Boa VIsta/SP - 29.04.1993 - Santo André/SP.
Eles foram batalhadores, corretos, éticos, construiram a nossa familia sem jamais deixar faltar o pão de cada dia, o amor, a proteção, o respeito e os preciosos ensinamentos éticos, morais e cristãos. Se casaram em 1952, quando minha mãe, veio para Santo André.
Por um período ela se dedicou ao lar e à nossa educação. Em meados dos anos 60, passou a trabalhar como Costureira, Líder de Costura e Comerciante. Abraçou o trabalho em tempo integral! Quando aposentou-se passou a cuidar de sua chácara. Mulher inteligente, simples, agregadora, temente a Deus, gostava da família reunida, de música alegre, sertanejo. Quando pequena, me lembro dela cantarolando ou contando histórias. Saudades! Ela foi um grande exempo de vida e de trabalho!
Meu saudoso pai, quantas profissões exerceu! Segundo nos contava, ainda adolescente trabalhou na roça. Ele chegou na cidade de Santo André, com os pais, descendentes de imigrantes italianos, no distante ano de 1949.
Seu primeiro emprego foi na Pirelli. Em seguida, Anderson Clayton, Firestone, Cofap e Ford Willys, de onde se desligou como Líder de Solda, para trabalhar por conta como Comerciante. Sempre em busca do melhor para a família, era uma pessoa versátil, em termos de trabalho - Entregador de Tijolos, Acougueiro. Por fim, teve um mercadinho de vila, entre os anos 70 e 80, no que era ajudado por nossa mãe. Trabalhavam de segunda a segunda, sem folga.
Naquele período, conciliava as atividades comerciais, com a de Motorista Profissional, (como ele gostava de dizer).Trabalhou por um período nas antigas empresas de ônibus na antiga Viação Capuava, depois Viripisa - Viação Ribeirão Pires, onde conduzia os coletivos na linha da cidade até o Parque Dom Pedro - SP, trabalho duro!
Ele amava pescar, aprendeu com uns pescadores a tecer redes e tarrafas, gostava de estar próximo da natureza, de ouvir músicas sertanejas, em seu velho rádio de pilha ou no toca-fitas.
Meus pais foram cidadãos dignos, anônimos como a grande massa de trabalhadores, honrosamente levaram para o lar, o pão de cada dia, conquistado com o suor do trabalho!
Revisitando imenso embornal de memórias que carrego no coração, senti no coração de lhes fazer esta homenagem póstuma com amor, gratidão e reconhecimento, pelos grandes seres humanos que eles foram!
Saudades eternas! Sua filha, Ana Maria.
Foto: Acervo pessoal - Veneza.