Nota. Ainda as palavras do ano retrasado, não achei palavras do agora. São as mesmas, são sinceras.
Espero estejamos vivos
Neste possível de vida
Que restou. Sonho inativo
Tempos sempre sem guarida...
Amigo... Que desalento!
Já não sei como saudar-te.
Naus antigas, naus de vento
Que nos voaram. Dizer-te
Digo que te espero vivo
Renascido de si mesmo
Ao menos algum alívio
Em anos de tantos sismos
Décadas de tantos sismos
Cansaços de muitos mundos.
Saúdo-te e eis tudo
Talvez só inútil mimo.
Saúdo-te pela História
Nossa ancestral juventude
Campos tantos de memória
Mares, tempos de saúde.
Verde que te quero verde
Ah, jardins e alamedas
Quando inda não era tarde.
Que vivam vossas belezas.