Enquanto te afasto do alcance dos meus olhos
Eu sempre te quis.
Mais ainda nas frias noites de São Paulo enquanto vagabundeávamos e a felicidade era concreta flor gravada no asfalto e no teu braço.
Delirei-te príncipe, mas eras esfinge que me engolia a voz quando tímida e afoita, roçava meus dedos nos teus, fingindo muito mal uma naturalidade que em mim não havia...
Tentei desconcertar tuas fragilidades, mas, transmudado em Banksy, foste tu a me estontear com tua eloquente, intensa e incoercível poesia.
Foi quando segui os sussurros de uma normose instaurada.
Nos olhos o medo de pular contigo,
no abismo incomensurável das tuas palavras
firmemente atreladas aos rastros das estrelas...
Inspirada por um poeta incrível que posso chamar de muso e que, como eu, não foi ao carnaval.