Zé Almeida - Grande Pequeno Valente.

Zé Almeida, Zé do Sabino ou o grande Pequeno Valente, Radialista, Funcionário Publico e Escritor, filho do Sr. Sabino Almeida Filho e de Dona Ana Macedo dos Santos, (já falecidos), tendo parentesco com as famílias Mathias  e Macedo, do qual veio  separar-se, depois seu pai veio a casar com Dona Siria Felipe, urucaraense, com o qual teve uma filha de nome Pepita Felipe. Zé, foi morar com seu pai desde aos 7 anos de idade, pois tinha melhores condições de lhe criar. Moravam ali na Rua do seu Falabella bem de esquina, que depois venderam a casa ao Seu João Paes e logo depois compraram um Flutuante.

José Almeida, nasceu e viveu sua infância no interior em Urucará, onde brincou e curtiu uma infância muito rica, de liberdade de muitas brincadeiras, junto a natureza, de pés descalço, depois teve que vir para Manaus, estudar, trabalhar e morar com seu tio Fonseca, isso nos anos de 1967 com seus 17 anos. Hoje, o Zé, vive com sua família muito feliz, no Bairro de Aparecida, funcionário público da Assembleia, onde desempenha com eficiência suas funções.

O Zé quando menino em sua terra natal, sempre foi vidrado em narrar futebol, ao lado do campinho detrás da Igreja, local onde hoje é a Praça de Santana, lá havia um campo de voley e um campinho de peladas da garotada, desde pequeno ele já ensaiava narrativas dos nossos jogos, com os apelidos que o João Carneiro colocou, também outro, que gostava demais de narrar os nossos jogos e hoje temos o seu filho que narra os jogos em Urucará.

Eu mesmo, quando ia aos jogos na Colina, Vivaldão ou Parque Amazonense, sentia-me orgulhoso de ter um repórter de pista urucaraense, chamado de "O Pequeno Valente", grande Zé Almeida, filho de Seu Sabino e Dona Síria, os quais conheci muito bem naquela época. Dona Síria mais extrovertida, seu Sabino meio que caladão de poucas palavras. Também, tiveram uma filha Pepita, uma menina muito bonita, digna de beleza das meninas urucaraenses da época, hoje casada, morando em Manaus.

Eles eram comerciante em Urucará, que funcionava num Flutuante, que ficava lá no porto da Tia Lelé, onde vendiam de tudo e compravam os produtos dos agricultores, pescadores e caçadores. Esses produtos, eram armazenados e vendidos aos regatões paraenses, que na subida deixavam os produtos, como: arroz, feijão, óleo, sal, açúcar e outros; na baixada recebiam os produtos, como: pirarucu, castanha, couro de jacaré, onça, cacau, madeira, carne de caça salgada empalhada, etc, eles compravam de tudo.

Depois o Zé já em Manaus, como tinha esse dom de narrar os jogos e gostava muito de futebol, foi fazer um teste na Rádio Baré, tendo sido aprovado como Repórter de Pista, daí foi só correr pro abraço, foi o maior sucesso, ficou muito conhecido como o "Pequeno Valente", alcunha que lhe colocaram devido sua estatura. Acompanhei muito a sua atuação, pois fui muito aos jogos no Parque Amazonense, Colina e Vivaldão, sentia-me orgulhoso de ver um urucaraense, conterrâneo e amigo de infância fazendo o maior sucesso no rádio esportivo amazonense.

Trabalhou nas Casas Pernanbucabas como vendedor, com muito amor E dedicação, desempenhou suas funções.

Na época em 1978 a Rádio Baré, estava precisando de Locutor Esportivo, Repórter Esportivo e Disk jóquei, se inscreveram cerca de 150 candidatos inclusive muitos do interior, porém, dois foram selecionado o nosso amigo Zé e Ronaldo Tiradentes, desde lá começou a fazer sucesso, permanecendo na Rádio Baré até 1980.

Em 1980, foi contratado pela Rádio Difusora, onde também, começou a trabalhar na Assembleia Legislativa do Estado do AM, do qual, pretende se aposentar no ano que vem, em 2023. Na Difusora deslanchou fez um tremendo sucesso, como repórter esportivo, o Pequeno Valente era mais conhecido que "farinha em saco", tanto é, que ganhou uma placa de ouro,  como o melhor Repórter Esportivo do período de 1980 a 1990.

Na gestão do prefeito Pedro Fababella, o Zé serviu de intercâmbio, para que pudesse levar um clube do Amazonas  a Urucará, na reinauguração do Estádio que passou a ser chamado de Pedro Falabella ou Falabellão, tendo ido o São Raimundo FC, o qual ganhou o jogo da Seleção Urucaraense, com o gol do jogador Mario Gordinho, ficando o seu  nome registrado como o jogador que marcou o primeiro no estádio.

Depois também, teve outros clubes de Manaus, que foram jogar em Urucará, com o intercâmbio do Zé, visto que, ele conhecia todos os diretores dos clubes, devido ao trabalho desempenhado ao longo de seus 10 anos como Radialista Esportivo.

Nosso amigo Pequeno Valente, também acompanhou muitos jogos dos clubes amazonenses na época do Campeonato Brasileiro serie A, onde Rio Negro, Nacional e Fast nos representavam, inclusive eu assisti vários jogos no Vivaldão. No Fast Jogavam: Pompeu, Casimiro, os irmãos Piola, etc.,  no Nacional jogavam: Marialvo, Lacy, Campos, Toninho Cerejo e outros. Só craque da bola, que dava prazer assistir, inclusive tivemos muitas vitórias sobre os grandes clubes brasileiros.

O mais importante jogo que o Zé trabalhou, foi em 1980, o do Cosmo dos Estados Unidos que jogou contra o Fast no Vivaldao que lotou, até por cima da marquise tinha gente. O Cosmo era como se fosse o Real Madri, tinha Pelé, Beckenbauer, Lato, Romerito, Carlos Alberto, Chinaglia, Oscar, Neeskens e outros. O Clodoaldo jogou pelo Fast, deu empate 0x0.

O Zé Almeida, também é escritor, lançou o livro: Mistérios da Amazônia, em sua  3a edição, (fui encontrar com o Zé na Assembleia, onde compartilhamos nossas obras) já nasceu com esse dom de escrever, por isso, procura fazer com amor e dedicação.

Poucas pessoas o conhecem em  Urucará, mas que precisam conhecer esse nosso amigo de infância, que gosta muito dessa cidade e nunca esqueceu, nos enche de orgulho, porque soube honrar a nossa terra, com seu belo trabalho de Repórter Esportivo e hoje na Assembleia em Manaus. Não esquece dos amigos e conhecidos, como também, dos parentes, primos e familiares da família Felipe.

Também tivemos outro urucaeaense que nos honra, o Doutor Nicolau Libório, filho do Senhor Nicolau Liborio nas fileiras da Rádio Difusora do Amazonas, como repórter de pista e depois como comentarista, que fez sucesso por muito tempo. Fica aqui o nosso registro a esse filho Ilustre de Urucará, que muito nos honra e a nossa terra querida.

Menciono os nomes dos amigos de infância do Pequeno Valente de Urucará:

Bosco Falabella, Mário Falabella, Pato, Garola, Manoel Pescador, Toró, Bangu, Bicó, Heraldo, Jozias, Quinca, Beto, Tonico, Vasco, e outros..., já falecidos: Nado, Stelio, Chiquinho, Buco, Branco, Navega, que participavam das peladas atrás da igreja e outras brincadeiras. O Bosco formava um time e o Mario outro, quando brigavam, o dono levava a bola e acabava o jogo.

Foi com imenso prazer falar do Zé, mais conhecido como o Pequeno Valente, filho Ilustre de Urucará, que com seu esforço e dedicação, conseguiu alcançar o sucesso em sua profissão.

Meus parabéns Zé e a sua família, eu sempre pensei em escrever sobre você, esse desejo está sendo concretizado hoje.

" Vale a pena sonhar, não custa nada, o gostoso é ver o sonho se concretizar ".

Manaus, 23 de outubro de 2022.

José Gomes Paes

Poeta e escritor Membro da ABEPPA e ALCAMA.

Filho de Urucará.