Antonio Deocleciano de Souza “Tonhe Faca Doida” (1935-1993)
Antônio Deocleciano de Souza, que era popularmente conhecido como “Tonhe Faca Doida”, nasceu no distrito de Ibiporanga, Município de Iguaí — Bahia, no ano de 1935. Veio de Ibiporanga para Poções no ano de 1956 e começou a estudar música com o Mestre Nadinho dois anos após a sua chegada. Foi Servidor Público Municipal, trabalhando por vários anos no Setor de Tributos da Prefeitura de Poções. Dedicado e apaixonado pela música e pela filarmônica de Poções, tornou-se um dos melhores trombonistas da região, assim como seu amigo, Alcides “Bordado”. Também chegou a trabalhar como alfaiate no Beco dos Artistas, centro da cidade de Poções, ao lado do Mestre Arnóbio Alfaiate por muitos anos.
Tocou cavaquinho, banjo, sanfona e violão, mas foi no trombone de pistos que encontrou o verdadeiro amor pela música e pela Filarmônica. Não é exagero dizer que Tonhe Faca Doida, assim como Alcides “Bordado”, Zoma, Pia Soldado, Arnaldo Fagundes, Romeu Macêdo, Antônio da Silva Fagundes, Quito Fagundes, Gildenor Andrade, Valmir Fagundes, Leto Esquivel
, Zelinho Fagundes, Saturnino, Jânio Buchudo, Constâncio, Wassil Schettini, Humberto Schettini, Eunápio Nápoli, dentre outros, fez parte de uma geração que se dedicou à música por puro amor.
Foi Vice-Presidente da Sociedade Lítero Musical Primavera, de 1973 a 1975; Tesoureiro, de 1975 a 1979 e Presidente, no período de 1979 a 1983. Diante do amor e da dedicação que teve à Filarmônica Primavera e da dedicação dos seus filhos para com a Filarmônica 26 de junho, sua história deve se manter viva, parte de um processo contínuo de reconstrução das memórias de Poções.