FUTEBOL DE BOTÃO

Futebol de botão ou de mesa,

de infância a profissional,

de lúdico a esporte oficial,

de escudos a recortar

da revista Placar

para com gols de placa sonhar,

entrar em campo, escalar,

ser treinador

e ao mesmo tempo jogador,

ser dirigente,

elaborar torneio,

camisas, redes,

parece devaneio

mas na verdade é brincar

de criar,

objetos redondos a colecionar,

ir além das bolas,

que até dadinhos podem ser,

o que vale é a alegria

de transformar

em magia um gol!

Quando a ajuda das mãos

transporta aos "pés" do botão

a imaginação e dá direção

ao que se torna um golaço real,

no ângulo,

lá onde dorme a coruja.

Onde ninguém sobrepuja

os craques do passado

ao serem lembrados

e até hoje jogarem com altivez,

não morrem,

talvez

o único esporte

onde não exista idade

ou tempo

para a felicidade,

em campo a história e memória entram no mesmo time

com Leônidas da Silva,

Pelé, Zico e Zito

jogando juntos

em plena forma física,

quiçá escalados por um avô

de oitenta a jogar

com seu neto de oito,

é "quando não é oito é oitenta",

dito popular

está em pleno equilíbrio.

Além de jogo é terapia,

alguém diria,

é brincadeira de criança,

mas para quem teve infância

a lembrança

é latente

e sempre existente

a ânsia

de reviver alegria.

Roberto Jr
Enviado por Roberto Jr em 05/01/2023
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