O camisa 10
Edson para antes do nascimento.
Até que Pelé, e não Bilé existente,
Se tornou artista divino do football.
Os deuses da ⚽ tomaram-no
A que fosse representante em mandato
Deste esporte que Charles Miller
Semeou nas almas brasileiras.
Ou será procedente, a retificação
A considerá-lo um deus encarnado
Que desce desprendido do seleto convívio
Em que os gênios divinos residem?!
O mestre, messias inato
Que se revela em tempo hábil
E oportuno
No humilde, fatídico e ousado vaticínio
A prometer a todos que choram
Certeza da conversão de lágrimas…
Em sorrisos de plena felicidade
Sob depoimento da História mundial
Para o ano de 1958…
Não o parcialismo ou o delírio pátrio
Alcunharam-no the king of football,
Prova iniludível de reconhecimento ou descobrimento
De que o messias chegou;
Está nas arenas
Para temporadas de shows ineditamente comuns
A seu poder divino, sua genialidade.
A pela é seu mundo
Na coincidência da esfericidade,
Na espera ou certeza
De seus bons tratos, seu carinho, sua conduta.
Ei-lo a grudá-la no peito,
Demonstração de afeto,
A erguê-la ao alto, ato contínuo,
Como a uma criança,
Para além da barreira adversária humana,
A que se lhe faz ultrapassada
Pelo efeito de um mágico lençol,
Até ao ato premeditado
Da realização de um sonho,
Ao que se vence a última linha,
Do obstáculo contra o desiderato.
Seu corpo possesso a serviço do football:
O osso frontal ao perfeito cabeceio;
Pernas e pés, quê importa ambidestro,
A guardar mais um tento,
Ó bravo artilheiro,
Realizador incomum de sonhos,
Possibilidades
Em seus mais de 1000 golos computados…
Holofotes resgatam a importância do football
No contexto social dos povos da Terra,
Nos tantos aspectos -
Da cultura, educação, ética, economia, (boa) política.
Missionário de seu esporte
Pelo qual fez-se evocado.
Charles Miller trouxe-lhe a pelota,
Recomendando-lhe os misteres
Dos quais, o magno em edificar o panteão
No qual haveria de figurar
Artistas divinos eternizados
Na maioria dos povos, e assim o é.