Jerônymo Monteiro
Considerado o Pai da Ficção Científica Brasileira, o escritor e jornalista Jerônymo Monteiro nasceu em São Paulo em 11 de dezembro de 1908. Por isso o dia 11 de dezembro, desde 2016, é o Dia da Ficção Científica Brasileira. Faleceu em 1 de junho de 1970.
Ele pode não ter sido o primeiro brasileiro a escrever ficção científica, mas parece ter sido o primeiro a produzir obra considerável no gênero. Da sua lavra são "Três meses no século 81", "Cidade perdida", "Fuga para parte alguma" e outros títulos. Também escreveu a noveleta "Estação Espacial Alfa", incluída na Antologia Brasileira de Ficção Científica " editada por Gumercindo Rocha Dorea em 1961.
Monteiro também é autor de romances policiais (assinando com o pseudônimo Ronnie Wells) com o detetive novaiorquino Dick Peter, também mostrado em quadrinhos e numa novela radiofônica. Embora policiais essas novelas às vezes derivavam para a FC, como é o caso de "A febre verde" e "A serpente de bronze".
Foi diretor da revista "O Pato Donald" em seus primordios e consta ter sido ele o criador dos nomes brasileiros dos personagens Tio Patinhas e os sobrinhos de Donald: Huguinho, Zezinho e Luisinho.
Os livros de JM são divertidos, intrigantes e prendem a atenção. "Fuga para parte alguma" não deixa de ser um alerta ecológico, sugerindo que a nossa civilização pode ser destruída pelas formigas. No caso as amazônicas, que são de grande porte e carnívoras.